Os efeitos do uso da máscara não são verificados apenas quando se fala sobre Covid-19. Usada de forma correta, a máscara pode evitar uma série de doenças, incluindo o sarampo. Essa medida, além das estratégias de imunização contra a doença, fizeram com que os casos tivessem uma redução de 99,5% desde o ano passado no estado de São Paulo. Em 2021 foram registrados apenas cinco casos de sarampo (dados até 10 de agosto). Todos estão relacionados a crianças em faixas etárias nas quais a vacinação é indicada. Nenhuma tinha o esquema vacinal completo e havia histórico de comorbidades.
O sarampo também é uma doença transmitida pelas gotículas de saliva com partículas do vírus dispersas em aerossol, como acontece com o coronavírus, que causa a Covid-19. Isso favorece a transmissibilidade – cada infectado pode transmitir para até 18 pessoas. Por isso, os efeitos do uso da máscara não podem ser esquecidos. Essa medida, o isolamento social, distanciamento e a higienização das mãos e dos ambientes contribuiu para a queda no número de casos.
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O sarampo pode evoluir para casos graves e ocasionar complicações sérias, como pneumonia, encefalite e morte. A pessoa infectada pode apresentar tosse, coriza, olhos inflamados, dor de garganta, febre e manchas avermelhadas na pele.
A vacina contra o sarampo está disponível no Brasil desde a década de 1960. Em São Paulo, assim como em outros estados brasileiros, a cobertura vacinal tem ficado abaixo da meta necessária entre crianças com até um ano de idade: em 2020, a cobertura foi de 85%; em 2019, foi de 91%. A meta é imunizar 95% dessa população. “Assim como ocorre com outras doenças, somente a conclusão do esquema vacinal é capaz de garantir a devida proteção. Por este motivo, pais ou responsáveis devem continuar levando as crianças aos postos de vacinação para proteção contra as doenças prevenidas pelas vacinas, e aqueles que não tomaram todas as doses necessárias na faixa etária adequada, também precisam se vacinar”, explica médica de Divisão de Imunização de São Paulo, Helena Sato.
A vacina tríplice viral (primeira dose) previne contra sarampo, caxumba e rubéola. Já a tetra viral é aplicada em seguida, como uma segunda dose, e também previne a varicela. Ambas fazem parte do calendário de rotina e estão disponíveis nos postos de vacinação durante o ano todo.
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