O Brasil servirá de modelo para a China, Rússia, Índia e África do Sul, países que compõe o chamado BRICS, para a coleta e distribuição de leite materno. A medida foi anunciada em Curitiba (PR) durante a reunião de Ministros da Saúde dessas nações, com a criação da 1ª Rede de Bancos de Leite Humano do BRICS. A iniciativa é pioneira e será possível a partir do compartilhamento da experiência do Brasil, que possui a maior e mais complexa Rede de Banco de Leite do mundo.
“O Brasil tem tecnologia de organizar redes de bancos de leite humanos que reduza o tempo de permanência em UTIs de bebês prematuros e, com isso, melhorando os índices de mortalidade infantil. Agora, teremos uma Rede de Banco de Leite Humano em todo o BRICS. Todos os países devem adotar o modelo brasileiro”, destacou o ministro da Saúde do Brasil, Luiz Henrique Mandetta.
A rede brasileira é responsável por coletar e distribuir leite materno, com controle rigoroso, a recém-nascidos de baixo peso. O leite materno tem tudo o que o bebê precisa até os seis meses de vida, protegendo-o contra doenças como diarreia, infecções respiratórias e alergias. Assim, é uma estratégia importante para redução de mortes em bebês.
Há 225 Bancos de Leite Humano no país, sendo que cada um dos 26 estados e o Distrito Federal possui pelo menos um. A importância da criação da Rede de Banco de Leite Humano já havia sido levantada durante o 1º Workshop do BRICS sobre Leite Humano, realizado em agosto como uma das atividades da presidência temporária do Brasil.
A medida foi anunciada na última sexta-feira (25).