Desde que agências internacionais suspenderam o uso da vacina contra Covid-19 da AstraZeneca/Oxford em função de riscos de coágulos, a informação está tomando conta das redes sociais, gerando preocupação em várias pessoas. E também se tornou foco das orientações dos especialistas. Eles reforçam que a vacina é segura e que a chance de o imunizante gerar coágulos é infinitamente menor do que o risco que a própria Covid-19 proporciona para isto. A mesma linha foi apontada por um estudo publicado na na British Medical Journal. Segundo a pesquisa, há risco de coágulo com vacina da AstraZeneca, mas o perigo é muito maior para quem for infectado pelo coronavírus e desenvolver a Covid-19. Ou seja, que os benefícios superam os riscos.
As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (6 de maio).
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O estudo teve como base dados de 280 mil pessoas vacinadas com uma dose da vacina da AstraZeneca, na Dinamarca e na Noruega. Foram comparadas as taxas de coágulos sanguíneos e ataques cardíacos em um período de 28 dias após a vacinação. Os pesquisadores identificaram 59 casos de coágulos entre os vacinados. Eles esperavam 30 ocorrências e classificaram essa diferença como raros coágulos sanguíneos no cérebro. Já as taxas de coágulos arteriais, ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais permaneceram estáveis.
Os pesquisadores ainda não sabem precisar as causas exatas desses coágulos, pois o estudo foi conduzido de forma observacional. Eles sugerem que há evidência de ligação com a vacina da AstraZeneca. No entanto, o estudo segue apoiando a vacinação, reforçando que a redução da mortalidade supera qualquer risco de efeito adverso.
Risco de coágulo com vacina da AstraZeneca em mulheres
Já a Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos para a Saúde do Reino Unido – MHRA – informou nesta quinta-feira que há evidências sobre o risco de coágulo com vacina da AstraZeneca mais acentuado em mulheres. Anteriormente, existia uma suspeita de que isso estava ligado à idade.
Entretanto, essa percepção de mais casos entre mulheres, na comparação com os homens, não foi percebida em todas as faixas etárias e a diferença é pequena, segundo a agência.
O órgão registrou em abril 168 casos graves de coágulos em pessoas que receberam uma dose da vacina da AstraZeneca / Oxford. Desses casos, 32 resultaram em morte. De 242 casos identificados até o momento, seis ocorreram após a segunda dose. Até o dia 28 de abril, 22,6 milhões de britânicos receberam pelo menos a primeira dose do imunizante. A agência continua classificando os coágulos como muito raros, com incidência maior entre pessoas mais jovens.
* Com informações do portal UOL
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