Além da alimentação em demasia e das más escolhas alimentares, outros fatores que podem levar à obesidade são estilo de vida sedentário e o estresse. Atualmente, a obesidade é classificada como doença crônica, conforme comenta Andressa Bornschein, médica endocrinologista e metabolista do Pilar Hospital. “Hoje em dia sabemos que a gordura é o maior produtor de hormônios do nosso corpo. Como a obesidade é uma doença crônica, exige tratamento como qualquer outra doença, com grande risco de recaída quando o tratamento é abandonado”, alerta.
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Os dados da última Pesquisa Nacional de Saúde indicam que seis em cada dez brasileiros apresentavam excesso de peso. Ou seja, 96 milhões de pessoas no país apresentam Índice de Massa Corporal (IMC) na faixa de sobrepeso ou obesidade. Caracterizada pelo acúmulo de gordura corporal, a obesidade pode acarretar graves problemas de saúde e levar até à morte.
Há também pessoa geneticamente predisposta à obesidade, muitas vezes por questões hormonais. “Doenças de tireoide podem levam a uma queda do metabolismo e consequentemente ganho de peso, assim como a menopausa e andropausa predispõem ao ganho de peso com o passar dos anos”, relata Andressa.
A obesidade é fator de risco para uma série de doenças. O obeso tem mais propensão a desenvolver diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares e diversos problemas físicos. Pode também influenciar em fatores psicológicos, acarretando em depressão e diminuição da autoestima.
Em relação à questão alimentar, há a situação em que pessoas continuam comendo mesmo depois de saciadas. “Infelizmente, o ato de comer vai além do instinto fisiológico de sobrevivência. Em quase todas as culturas do mundo, comer significa socializar: comemos para comemorar, para ‘afogar’ as mágoas, para encontrar amigos”, exemplifica Dra. Andressa. “Às vezes, nosso cérebro está tão ocupado com outras coisas, como alguma questão do trabalho ou da família, ou estamos assistindo televisão ou no telefone, que não prestamos atenção aos sinais do nosso corpo indicando a saciedade”.
Andressa informa que o tratamento da obesidade envolve intervenções no estilo de vida, com alimentação balanceada e atividade física. Em alguns casos são necessárias medicações. “Quando estas medidas não são suficientes, pode ser necessária intervenção cirúrgica. O Pilar Hospital dispõe de um serviço de endocrinologia capacitado para uma avaliação adequada e indicação individualizada de tratamento”, afirma.
*Informações Assessoria de Imprensa