O nascimento de um filho é um dos momentos mais felizes e aguardados na vida de grande parte das mulheres. Para algumas delas, porém, os dias depois do nascimento acabam se tornando muito difíceis no ponto de vista psicólogo. É a chamada depressão pós-parto, em que a mãe tem vontade de se afastar do próprio bebê, de evitar a amamentação e, nos casos mais graves, chega até a pensar em suicídio.
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O estudo Factors Associated with Postpartum Depressive Symptomatology in Brazil (Fatores Associados à Sintomatologia da Depressão Pós-Parto no Brasil, em tradução livre, aponta que, a cada quatro mulheres com filhos recém-nascidos, mais de uma apresenta sintomas de depressão entre 6 e 18 meses após o nascimento.
O ginecologista e obstetra do hospital HSANP, Sérgio Miqueleti, aponta que os principais sintomas são tristeza constante, sentimento de culpa, baixa autoestima, desânimo e cansaço extremos, pouco interesse pelo bebê, incapacidade para cuidar de si e do bebê, medo de ficar sozinha, falta de apetite, falta de prazer nas atividades diárias e dificuldade para pegar no sono.
“Esse quadro ao qual damos o nome de depressão pós-parto pode ser provocado por vários fatores que vão além dos hormonais, como o medo de ser mãe, problemas no relacionamento ou até por alguma questão mal resolvida na infância ou na adolescência que, com a responsabilidade da fase adulta, desencadeia de uma forma abrupta e grave”, alerta.
Além de apoio psiquiátrico ou psicológico, uma alimentação saudável e uma rotina de exercícios também é fundamental para auxiliar no tratamento, pois atividades físicas liberam endorfina e acabam criando motivação para sair de casa. “A depressão pós-parto não é uma coisa simples, e é muito importante que a paciente que esteja passando por isso seja assistida o tempo todo, não só pelos profissionais da saúde, mas principalmente pela família, pelas pessoas que vivem ao lado dela”, finaliza Sérgio Miqueleti.
*Informações Assessoria de Imprensa