Pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) Amazônia e da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas enviaram ao Ministério da Saúde uma nota técnica informando uma alteração na nova variante do novo coronavírus identificada na Amazônia. Ou seja, uma possível linhagem derivada da variante.
A informação foi divulgada nesta sexta-feira (5 de fevereiro). Trata-se de um único, diagnosticado a partir de uma amostra coletada de uma paciente em Manaus no dia 23 de dezembro de 2020. A nota traz que a mutação acumulou um número atípico de alterações genéticas, sendo considerado alto pelos pesquisadores. O sequenciamento completo mostrou que a ´possível linhagem derivada abriga mutações na proteína Spike, diretamente relacionada à capacidade de transmissibilidade do novo coronavírus.
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A detecção desta linhagem derivada sugere já uma diversidade de variantes do novo coronavírus circulando em Manaus.
A nota ainda traz que foram sequenciados 114 genomas de SARS-CoV-2, de amostras coletadas no Amazonas entre novembro de 2020 e 13 de janeiro de 2021. Dessas, apenas uma apresentou esta possível linhagem derivada.
“Um único caso não dá para chamar de nova linhagem, mas a sequência mostra um agrupamento próximo à variante P.1, mas com divergências acima da média que poderíamos esperar. Não temos certeza, mas pode ser apenas um intermediário evolutivo”, afirma o pesquisador Felipe Naveca, da Fiocruz Amazônia.
A nova variante do coronavírus no Amazonas foi confirmada no mês de janeiro. Conforme amostras que foram sequenciadas, ela foi responsável por 91% dos casos no Amazonas no primeiro mês de 2021.
* Com informações do UOL