Ação leva tecnologia e acesso a indígenas e ribeirinhos

Atendimento
(Foto: Ilustração/Freepik)

Entre os dias 2 e 6 de maio, os médicos o Instituto de Radiologia do HCFMUSP, o InRad, realizaram 377 atendimentos clínicos em crianças, idosos e pacientes crônicos, além de 125 exames de ultrassom, em comunidades indígenas do Alto do Xingu. A ação, feita em parceria com o SESAI Mais Saúde Indígena e a ONG Xingu + Catu, teve como diferencial o atendimento in loco, nas aldeias, evitando que os indígenas saíssem de seus lares.

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A ação viabilizou o atendimento de pessoas com dificuldade de locomoção, e possibilitou que estas populações fossem, enfim, atendidas por médicos especialistas.

Para chegar até as aldeias do Polo Base Leonardo Villas Boas, no Alto Xingu, o caminho foi longo. Os profissionais pegaram balsa, barco, carro e andaram a pé, mas o esforço foi recompensado. “É uma alegria poder levar a essas comunidades a alta tecnologia do ultrassom, mesma utilizada no Hospital das Clínicas. Essa foi a nossa primeira expedição e já conseguimos cumprir a missão. Agora, pretendemos expandir os atendimentos e ampliar o acesso a outras comunidades.” – explica Marcos Roberto de Menezes, Diretor da Radiologia Intervencionista do InRad.

Projeto OpenCare 5G

A realização de exames remotos se dá por meio da conectividade 5G – uma iniciativa altamente inovadora do InovaHC, núcleo de inovação do Hospital das Clínicas, denominado OpenCare 5G. A partir da implantação dessa rede, profissionais da saúde poderão, no meio da floresta, fazer o atendimento, utilizando equipamentos de ultrassom conectados à quinta geração móvel, e terão a possibilidade de conseguir um diagnóstico imediato com seus pares de São Paulo. O OpenCare 5G também associa a tecnologia à capacitação de técnicos da saúde por meio de uma plataforma de educação continuada digital.

Anunciada em 2021, especialistas trabalharam na construção de uma Rede Privada no conceito Open RAN (do inglês Open Radio Access Networks ou Rede de Acesso de Rádio Aberto), com poucos casos de implementação no mundo em Saúde. É uma tecnologia aberta e desagregada, que tem a intenção de acelerar a implantação do 5G a custos mais baixos do que o modelo tradicional — utilizado na indústria de telecomunicações.

O projeto é coordenado pela Deloitte e tem a participação do Itaú Unibanco, Siemens Healthineers, NEC, Telecom Infra Project (TIP), Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).

*Informações Assessoria de Imprensa