O Paraná criou um Comitê Técnico Interinstitucional de Cooperação para Pesquisa, Desenvolvimento, Testagem, Fabricação e Distribuição de Vacina contra a Covid-19. Segundo informações do governo do estado, divulgou nesta segunda-feira (17 de agosto), o grupo colegiado tem como objetivo alinhar e coordenar as atividades de pesquisa, desenvolvimento, testagem, fabricação e distribuição, no Paraná, de um eventual imunizante com eficácia comprovada.
O comitê será composto permanentemente por representantes da Casa Civil, do Escritório de Representação do Governo em Brasília, Secretaria da Saúde e Superintendência de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná. Técnicos do Tecpar (Instituto de Tecnologia do Paraná), Ministério da Saúde, Ministério da Ciência e Tecnologia, Ministério das Relações Exteriores e Sociedade Brasileira de Infectologia serão convidados a integrar os trabalhos. Os membros serão indicados pelos titulares dos respectivos órgãos e entidades.
O decreto que estabelece o comitê também coloca que poderão ser convidadas outras instituições, organizações, órgãos públicos e privados identificados como necessários ou estratégicos para aperfeiçoar o trabalho, além de representantes de entidades e organismos estrangeiros que possam auxiliar a aperfeiçoar os estudos. Com a finalidade de subsidiar as ações, o comitê poderá requisitar estudos técnicos e jurídicos aos órgãos de Estado.
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O colegiado fica autorizado, ainda, a criar grupos internos para tratar de maneira mais aprofundada de cada um dos eixos de atuação que compõem a busca pela vacina ideal contra a Covid-19 e a realizar procedimentos administrativos junto às instâncias federais e quaisquer outras que se façam eventualmente necessárias.
Acordos do Paraná para vacinas contra Covid-19
O Governo do Paraná assinou um memorando de entendimento com o Fundo de Investimento Direto da Rússia para ampliar a cooperação técnica, as transferências de tecnologia e os estudos sobre a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo Instituto Gamaleia, da Rússia. O acordo deixa aberta a possibilidade de realização de testes, produção e distribuição do imunizante, desde que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprove todos os protocolos.
O estado também já assinou um termo de cooperação técnica e científica com a China para iniciar a testagem e a produção de vacina da Sinopharm. O acordo garante ao Paraná acesso ao resultado das duas primeiras fases da pesquisa. Segundo o laboratório, os processos iniciais, já encerrados, tiveram 100% de positivação e nenhuma reação adversa grave.
De acordo com o governo paranaense, atualmente, as equipes técnicas do Tecpar realizam os ajustes do cronograma e da metodologia que serão utilizadas na parceria. O protocolo de realização da fase 3 deve envolver as universidades estaduais e os hospitais universitários. Após ser finalizado, o termo precisa ser submetido aos órgãos regulatórios, e depois da aprovação, deve ser iniciada a fase de testagem da população.
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