Paraná e Curitiba anunciam balanços sobre abertura de leitos desde início da pandemia

O Governo do Paraná abriu 913 novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para adultos na rede pública desde o início da pandemia do novo coronavírus. A previsão é alcançar até 1,1 mil UTIs nos próximos dias, o que faria o estado praticamente dobrar a oferta de unidades avançadas no Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com informações do governo estadual, o número de novas unidades abertas representa quase 70% das 1.315 UTIs adultas disponíveis no Paraná antes do começo da pandemia. Desde março, o esforço de enfrentamento à Covid-19 permitiu ampliar a estrutura de atendimento em 50 hospitais de 31 municípios, nas quatro macrorregionais de Saúde do Paraná.

Somente nas duas últimas semanas houve incremento de 106 novas unidades de terapia intensiva para tratamento da infecção. Vinte foram ativados nesta segunda-feira (13 de julho): dez no Hospital Cemil, em Umuarama, e dez no Hospital do Idoso, em Curitiba.

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Em paralelo, foram abertos 1.403 leitos de enfermaria em todas as regiões do estado: 37 UTIs pediátricas e 70 enfermarias para crianças. Além disso, o governo entregou três hospitais regionais (Ivaiporã, Telêmaco Borba e Guarapuava), cujas conclusões estavam previstas para o final do ano. Também houve reforço de alas novas nos hospitais universitários de Londrina, Cascavel, Ponta Grossa e Maringá.

Essa estrutura é parte de um investimento que já ultrapassou R$ 400 milhões no Paraná. “Em poucos meses abrimos praticamente a totalidade de leitos de UTI que o estado disponibilizou para a população nos últimos 30 anos. Todos eles com insumos, equipes e recursos disponíveis”, afirmou o governador Ratinho Junior.

Rede

O governador destacou a estratégia regionalizada, adotada desde o começo de 2019, e o apoio dos outros Poderes para a formatação dessa rede. Foram R$ 130 milhões disponibilizados pela Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça, Ministério Público, Defensoria Pública e Tribunal de Contas para enfrentamento da pandemia. “O Paraná vinha implementando o atendimento local, perto da casa das pessoas, em parceria com os hospitais privados e filantrópicos. Essa rede foi fortalecida para a epidemia de dengue e potencializada com a Covid-19. Nunca abrimos tantos leitos em tão pouco tempo”, acrescentou Ratinho Junior.

Segundo a Secretaria de Saúde, novos leitos serão ativados nos próximos dias para ampliar o atendimento. Na sexta-feira (17) serão abertas novas unidades no Hospital Regional de Guarapuava e até o fim do mês está prevista a inauguração do novo espaço da maternidade do Hospital Universitário do Norte do Paraná, em Londrina. A ala terá 30 leitos de UTI adulto e 42 leitos de enfermaria. O Hospital Regional do Litoral, em Paranaguá, deve ganhar mais seis leitos de UTI.

“A estratégia regionalizada permite atendimento contra a Covid-19 perto da casa das pessoas. É uma estrutura que exige investimentos robustos e profissionais capacitados”, explica o secretário estadual de Saúde, Beto Preto.

Curitiba

Em apenas um mês, Curitiba inaugurou o segundo hospital exclusivo para tratamento de Covid-19 e abriu 250 novos leitos para tratamento de pacientes do SUS na capital. O Instituto de Medicina, no bairro Alto da XV, foi reformado e reativado em uma parceria com a Santa Casa de Misericórdia.

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Na nova estrutura hospitalar, que estará totalmente ativada nesta quarta-feira (15 de julho), serão 110 leitos, 50 UTI e 60 de enfermaria, dos quais 40 (20 UTI e 20 enfermarias) já funcionando e recebendo pacientes desde sexta-feira (10).

O primeiro hospital exclusivo para Covid-19 em Curitiba é o Vitória, na Cidade Industrial (CIC). Somados ao Instituto de Medicina e a outros leitos na rede hospitalar da capital, Curitiba passará a contar, até o fim de julho, com 782 leitos SUS exclusivos Covid-19: 352 UTI e 430 enfermarias.

Segundo informações da prefeitura de Curitiba, a cidade pode dispor de um total de 1.088 leitos de UTI (privado, SUS, covid e não covid), ativados conforme a necessidade.

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