Curitiba cria sistema de indicadores para acompanhar evolução da pandemia de Covid-19

A Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba (PR) lançou nesta terça-feira (9 de junho) um sistema de indicadores para acompanhar evolução da pandemia de Covid-19 na capital paranaense. O Programa de Responsabilidade Sanitária e Social demonstra, por meio de cores, o nível da pandemia na cidade e a situação das restrições em que Curitiba se encontra. 

O sistema de indicadores para acompanhar evolução da pandemia de Covid-19 conta com um painel com três níveis de cores: amarelo (alerta), laranja (risco médio) e vermelho (risco alto). Esse monitoramento é diário e feito com base em dois critérios: propagação da doença e capacidade de atendimento do serviço de saúde.

Dentro desses critérios são avaliados nove indicadores, que incluem, por exemplo, número de novos casos de Covid-19, óbitos, ocupação de leitos de UTI. “É um retrato da situação para que a população veja de forma clara em que nível cidade se encontra, e, para cada um dos três níveis, quais são as medidas de controle que precisam ser adotadas conforme o nível da pandemia”, diz o prefeito Rafael Greca. “É mais uma tentativa de alertar de maneira clara a população sobre o panorama da Covid-19 na cidade. Não queremos chegar no cenário mais crítico nunca”, afirma o prefeito.



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Curitiba em alerta

Cada nível de cor do sistema de indicadores para acompanhar evolução da pandemia de Covid-19 corresponde às medidas que devem ser adotadas pelo Protocolo de Responsabilidade Sanitária e Social, mais restritivas ou menos.  Atualmente, Curitiba está no primeiro nível, amarelo, que indica estado de alerta e que a situação está fora da normalidade, ou seja, o sistema de saúde ainda está dando conta dos atendimentos.

Nesse estágio, todos devem adotar as medidas de precaução anunciadas e orientadas, cumprir todas as orientações do Protocolo de Responsabilidade Sanitária e Social. 

  • Amarela: nível 1 – sinal de alerta constante e demonstra que a situação está fora da normalidade. Nesse estágio, todos os estabelecimentos que estiverem funcionando devem adotar as medidas de precaução anunciadas e orientadas, cumprir todas as orientações do protocolo de responsabilidade sanitária e social. 

  • Laranja: nível 2 – risco médio de alerta, onde haverá restrições a funcionamento de serviços e do comércio e áreas que propiciam a aglomeração de pessoas. 

  • Vermelha: nível 3 – risco alto e de alerta total, havendo restrição à circulação de pessoas, permitindo apenas o funcionamento dos serviços essenciais.

A lista de como as atividades devem se comportar em cada nível está neste link.

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Bandeiras

De acordo com a secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak, o sistema de bandeiras mostra o retrato da situação da Covid-19 na cidade. “Medidas de controle serão tomadas de acordo com cada um dos três níveis. Muda a bandeira, mudam as ações, com medidas mais restritivas ou menos”, explica. “É o que vínhamos fazendo, mas dessa forma acreditamos que fica mais fácil para todos entenderem melhor”.

O resultado (a cor da bandeira) é decorrente da média ponderada do peso (nota) de nove indicadores. Márcia reforça que mesmo o nível mais baixo não significa uma situação de normalidade na cidade. “Estamos enfrentando uma pandemia e, em decorrência disso, precisamos estar permanentemente em alerta e com medidas que reforcem o controle da transmissão do vírus”, explica. “Não podemos descuidar em nenhum momento.”

De acordo com as diretrizes do programa, no alerta amarelo, todos devem estar em tempo integral tomando medidas de precaução e seguindo os protocolos de responsabilidade sanitária e social.

Critérios

Os indicadores se dividem em dois grupos: nível de propagação da doença e capacidade de atendimento da rede.

No primeiro, avaliam-se:

  • Número de casos confirmados nos últimos sete dias em comparação com o mesmo período anterior
  • Número de internados por SRAG (síndrome respiratória aguda grave) no último dia em comparação com o número de sete dias atrás
  • Número de pacientes covid-19 confirmados em leitos de enfermaria no último dia em comparação com o número de sete dias atrás
  • Número pacientes covid-19 em UTI no último dia em comparação com o número de sete dias atrás.
  • Número de confirmados nos últimos sete dias a cada 100 mil habitantes
  • Número de óbitos nos últimos sete dias a cada 100 mil habitantes

O segundo grupo (capacidade de atendimento) inclui:

  • Número de leitos de UTI disponíveis no último dia
  • Número de leitos de UTI disponíveis no último dia para atender covid-19 em relação ao mesmo número de sete dias atrás
  • Número de leitos de enfermaria disponíveis no último dia para covid-19 em relação ao mesmo número de sete dias atrás

Dessa forma, o município tem de maneira clara e facilmente identificável pela população como a situação está evoluindo na semana.

Protocolos de medidas essenciais 

O Protocolo de Responsabilidade Sanitária e Social de Curitiba também unifica as regras estabelecidas pelo Comitê de Técnica e de Ética Médica da Secretaria Municipal da Saúde, que estão distribuídos em 17 protocolos específicos para serviços.

Assim, as regras passam a constar em um único documento, reforçando o cumprimento e a responsabilidade essenciais de prevenção e cuidados durante o período de pandemia para todos – serviços e população.

“Essa unificação é para esclarecer que as regras valem para todos os espaços de uso de uso coletivo, e todo cidadão e empresário tem o seu papel no cumprimento dessas medidas”, reforçou a secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak.

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