Neste mês é celebrado o Janeiro Branco, em prol da conscientização sobre a importância de manter a saúde mental em dia. A campanha brasileira existe desde 2014 e é realizada no primeiro mês do ano porque é o momento que as pessoas tendem a refletir sobre suas emoções, metas e desafios de vida. Por mais que ainda haja o pensamento de que os cuidados com a saúde mental são “para poucos”, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem com depressão. Ainda, a cada ano, 800 mil vidas, aproximadamente, são perdidas para o suicídio. Apesar disso, menos da metade das pessoas afetadas recebe o tratamento adequado, mesmo que já haja recursos eficazes para o tratamento e melhora da condição. E esse olhar deve atingir todos, em diferentes situações e condições: a saúde mental de pacientes também deve ser observada de perto.
A OMS aponta que o Brasil é o país mais ansioso do mundo, sendo que 9,3% dos brasileiros têm a doença. Outro dado é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostra que 10,2% da população está vivendo com depressão. “Assim como cuidamos da casa, da família, do trabalho, do corpo e da alimentação, temos que ter nosso olhar voltado também para a nossa saúde mental, para o nosso bem-estar psicológico e emocional. Algumas pessoas vivem seu dia a dia acompanhadas do estresse e da tristeza profunda, mas existe uma forma que as pessoas podem reorganizar a sua saúde mental. Através de profissionais, técnicas e práticas para exercitar a mente e fazer com que ela trabalhe a seu favor, é possível proporcionar qualidade de vida e bem-estar para as pessoas“ conta Ariane Costa, psicóloga da Lar e Saúde, empresa especializada em home care.
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De acordo com ela, a saúde mental de pacientes também deve ser observada de perto, inclusive aqueles que estão em home care, ou seja, recebendo cuidados em casa. “Um paciente em home care normalmente teve a vida acometida por alguma situação inesperada, como acidentes ou doenças. Então existe a importância do atendimento psicológico para esses pacientes se readaptarem e aceitarem essa nova condição. É importante para quem está passando pelo tratamento e também para a família”, salienta.
No home care, a assistência psicológica pode ser crucial para o sucesso de um tratamento e varia conforme a complexidade e o diagnóstico de cada caso. Ainda que seja mais associado a pacientes com dificuldade de locomoção, por limitações clínicas, o atendimento domiciliar também abrange quadros de cuidados paliativos, pós-cirúrgicos e gestão de crônicos.
Sob o olhar de que a saúde mental de pacientes também deve ser observada de perto, definir as melhores estratégias e abordagens para o tratamento é fundamental para o acompanhamento deles. Neste caso, trabalhar em conjunto com outros profissionais da saúde – como médicos de diferentes especialidades, fisioterapeutas, enfermeiros, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos – e, principalmente, com a família da pessoa atendida, é primordial para alcançar um resultado de êxito, de acordo com a especialista.
Ariane lembra que a relação familiar tem grande influência no processo de recuperação de um enfermo. Ainda que a presença da família seja benéfica para o apoio do paciente, deve-se ter um cuidado a mais, uma vez que, muitas vezes, pais, mães, filhos ou irmãos também precisam de acolhimento.
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