O câncer colorretal (intestino grosso e reto) está entre os mais prevalentes no mundo e entre os que registram maior número de mortes. No Brasil, com exceção dos tumores de pele não melanoma, é o segundo mais frequente e o terceiro tipo que mais causa mortes. São esperados para cada ano do triênio (2023-2025) um total de 45.630 novos casos anuais de câncer colorretal no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer – INCA), sendo 23.660 em mulheres e 21.970 em homens.
O desenvolvimento desse tipo de tumor se dá a partir de pólipos (adenomas), lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso. Mas, atenção: isso não significa que todos os pólipos viram tumores. Quanto mais cedo for detectado e tratado, maior será a chance de cura.
Câncer colorretal: sintomas
O oncologista clínico Gustavo Vasili Lucas, do Instituto de Oncologia do Paraná (IOP), cita que a colonoscopia é o método padrão para o diagnóstico. “Quando são encontrados tecidos anormais e suspeitos, como os pólipos, é feita uma biópsia, que indicará a existência ou não do câncer”.
Para o INCA, a maioria dos casos desse tipo de câncer não tem causa conhecida, porém, a doença poderá ocorrer com mais frequência em pessoas com idade superior a 50 anos – portanto, fique atento se você está nesse grupo.
Mas há outros fatores de risco também: excesso de gordura corporal; consumo excessivo de carnes vermelhas e processadas, como bacon, presunto, mortadela, salame, peito de peru defumado, salsicha e linguiça; em geral, têm uma alimentação pobre em fibras; fumantes; consumo de bebida alcoólica; história pessoal ou familiar de pólipos, doenças inflamatórias intestinais ou câncer de intestino.
Câncer colorretal: sintomas e prevenção
Gustavo Vasili Lucas ressalta que o câncer colorretal apresenta alguns sinais de alerta. Caso observe ou tenha algum dos sintomas procure um médico para fazer avaliação: sangue nas fezes; mudança do hábito intestinal; dor ou desconforto abdominal; alteração na forma das fezes (observe se as fezes estão com formato de fita, achatadas, muito finas e compridas); fraqueza e anemia; perda de peso sem causa aparente; massa abdominal.
Sobre a prevenção, adotar a prevenção primária, que nada mais é do que remover causas e fatores de risco de um problema de saúde individual, é muito importante e depende somente de cada um. Entre as ações de prevenção contra o câncer de intestino encontram-se: praticar de atividades físicas – pelo menos 30 minutos por dia ou 150 minutos durante a semana; evitar o consumo de carne processada; diminuir o consumo de carne vermelha; manter uma alimentação saudável, com consumo de alimentos de origem vegetal, como frutas, verduras, legumes e grãos; de preferência, não fumar; evitar o consumo de bebidas alcoólicas.
Para quem está sentindo algum sintoma ou mesmo está fazendo exames periódicos, os famosos check-ups, vale ficar atento aos exames solicitados. A colonoscopia é um exame utilizado para identificar alterações, como tecidos inchados, pólipos e, até mesmo, lesões que sugiram câncer, no intestino grosso (cólon) e no reto, costuma ser solicitada regularmente a partir dos 50 anos.
Importante: “quem tem parentes de primeiro grau com tumores desse tipo, doenças intestinais inflamatórias ou é portador de síndromes hereditárias deve começar a fazer a colonoscopia mais precocemente ainda”, destaca Dr. Gustavo Vasili Lucas.
* Com informações do IOP
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