Os cuidados paliativos ainda são cercados de tabus, mesmo entre profissionais de saúde. Voltados a pacientes com doenças que ameaçam a vida, têm como principal objetivo trazer dignidade ao paciente, o colocando no centro do cuidado.
Neste episódio da Conversa Ampla, reproduzido pelo Saúde Debate, a gerente de Atenção à Saúde da Unimed Paraná, Arianne Gaio, em que está o Programa de Cuidados Continuados da Federação, explica como funcionam os cuidados paliativos, dá dicas aos médicos e demais profissionais de saúde que desejam se envolver na área e, ainda, desmistifica os tabus que cercam o tema.
Como porta-voz do trabalho desenvolvido pela equipe de Atenção à Saúde da Unimed Paraná, Arianne explica que o objetivo principal do Programa de Cuidados Continuados é a condução da vida com o máximo de qualidade e conforto possíveis. Isso envolve evitar a obstinação terapêutica em algo que, com base em evidências científicas, trará mais sofrimento e não terá efeitos significativos no curso da doença.
Os cuidados envolvem ações como o alívio da dor, por exemplo, mas também aspectos para além do âmbito físico. A equipe busca entender quais as necessidades daquela pessoa e de sua rede de apoio naquele momento, e promover o suporte necessário para trazer mais conforto.
“Cada dinâmica familiar nos mostra o que é necessário. Às vezes, o paciente quer revisar a situação familiar antes de qualquer coisa de seu tratamento”, exemplifica Arianne, que ressalta a construção de uma sala específica para acolhimento na sede administrativa da Federação. “A depender da necessidade e do vínculo que forma com a equipe, é que vai ser determinado o que precisa ser feito, se é questão de tratamento, documentos”, relata. O planejamento dos últimos momentos de vida também faz parte, com um foco no luto.
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