Hiperplasia Benigna da Próstata é uma das doenças mais comuns em idosos

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(Foto: pressfoto / Freepik)

Em 1º de outubro é celebrado o Dia Nacional do Idoso e o Dia Internacional da Terceira Idade e um dos principais problemas de saúde associados ao envelhecimento nos homens é a hiperplasia benigna de próstata (HBP), doença que afeta mais 50% dos pacientes acima de 50 anos, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, e é ainda mais comum com o avanço da idade, chegando a 80% da população masculina acima dos 90 anos. Trata-se de uma condição causada pelo aumento da próstata e que resulta na compressão e estreitamento da uretra, podendo evoluir para quadros mais graves se não for tratada.

“É uma doença muito comum na terceira idade e que afeta diretamente a qualidade de vida do paciente. Por uma questão cultural, algumas pessoas acreditam que os sintomas são naturais e fazem parte do envelhecimento e, por isso, não procuam ajuda”, explica o médico urologista Ruimário Coelho, preceptor da residência médica de urologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná e diretor técnico do Uroville – Urologia Avançada.

Ruimário Coelho (Foto: Divulgação)

Entre os principais sintomas estão a redução da pressão ou interrupções do jato urinário, aumento do número de micções noturnas, dificuldade de esvaziar totalmente a bexiga, dificuldade de iniciar a micção e a incontinência urinária. “O paciente deve procurar um médico para uma avaliação assim que notar qualquer um desses sintomas, mas é importante lembrar que todos os homens devem se consultar periodicamente com um urologista após os 50 anos ou a partir dos 45 anos, em casos com histórico de doenças de próstata na família”, alerta Ruimário Coelho.

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A hiperplasia benigna da próstata não tem nenhuma relação com o câncer de próstata, porém, se não for tratada pode evoluir para complicações mais graves, como infecções urinárias, formação de pedras na bexiga, podendo levar à insuficiência renal, por exemplo. O tratamento vai desde acompanhamento clínico com exames regulares e medicamentos para controlar os sintomas, até procedimentos cirúrgicos.

Terapias Cirúrgicas Minimamente Invasivas

De acordo com estudos internacionais, cerca de 35% dos pacientes precisam fazer algum tratamento para a HBP. “Os medicamentos podem aliviar os sintomas, mas, frequentemente eles são muito intensos e o paciente não responde à medicação da forma esperada, sendo necessária a cirurgia. Felizmente os tratamentos cirúrgicos evoluíram muito nos últimos anos e hoje temos técnicas que trazem excelentes resultados com baixos riscos”, destaca Ruimário Coelho.

Um dos principais benefícios das terapias cirúrgicas minimamente invasivas é a recuperação no pós-operatório. Esses procedimentos são associados à mínima estadia hospitalar e muitas vezes realizados em ambulatório, sem a necessidade de internação. Além disso, apresentam baixos índices de efeitos colaterais, quando comparados com as cirurgias convencionais.

No Brasil, as cirurgias minimamente invasivas mais conhecidas são o Rezum, o UroLift e iTind, porém novos métodos estão sendo desenvolvidos e ganhando mercado nos últimos anos como, por exemplo, a enucleação endoscópica da próstata com Holmium Laser (HoLEP). “É uma técnica relativamente recente, que tem sido mais conhecida nos últimos dez anos e está se tornando o ‘padrão-ouro’ do tratamento da HBP. Através de uma microcâmera, o cirurgião consegue retirar com precisão o tecido aumentado com a ajuda do laser, tornando a cirurgia muito mais assertiva e reduzindo o risco de complicações”, explica Ruimário Coelho, um dos expoentes da técnica no país.

* Com informações da assessoria de imprensa

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