SBRT para Metástases Ósseas Sacrais: não adesão às diretrizes de contorno aumenta o risco de falha


Um consenso internacional foi publicado para orientar o contorno de metástases sacrais tratadas com SBRT. No entanto, essas diretrizes são baseadas em recomendações feitas por especialistas para a delineação do CTV e, devido à escassez de estudos que relatam resultados específicos para SBRT sacral, atualmente não existem dados clínicos que respaldem sua implementação na prática clínica.

Esta coorte retrospectiva analisou 215 segmentos sacrais tratados com SBRT, sendo que 16% deles não seguiram as diretrizes de contorno. A incidência cumulativa de falha local em 2 anos foi de 23,1%. Quando estratificada pela aderência ao guideline, a taxa de falha local em 2 anos foi de 18,8% nos contornos aderentes versus 40,0% nos não aderentes. Na análise multivariada, a não aderência às diretrizes (HR, 2,4; P = .008), histologia radio-resistente (HR, 2,4; P < .001) e a presença de doença extraóssea (HR, 2,5; P = .005) aumentaram significativamente o risco de falha local. A incidência cumulativa de fratura de compressão vertebral foi de 12,3% em 2 anos.

Os autores concluíram que a SBRT sacral está associada a altas taxas de eficácia e um perfil de toxicidade aceitável. Recomenda-se aderir às diretrizes de consenso para a delineação do volume alvo, a fim de reduzir o risco de falha local.


Referência: Daniel Moore-Palhares et al. International Journal of Radiation Oncology Biology Physics. 2024. Artigo disponível em: https://www.redjournal.org/article/S0360-3016(24)00282-7/fulltext

Dr. Daniel Moore

Clinical fellow em Radioterapia do Hospital Sunnybrook da University of Toronto, Canadá



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