O presente estudo analisou os resultados de 10 anos de 267 pacientes tratados entre 2006 e 2014 com SABR de próstata por câncer de próstata localizado de baixo e médio risco, incluídos em três ensaios clínicos prospectivos canadenses (pHART3, pHART6 e PATRIOT). O objetivo foi avaliar a eficácia a longo prazo da SABR, incluindo taxas de controle bioquímico, sobrevida global e específica do câncer de próstata, além do risco de malignidades secundárias.
Os pacientes receberam SABR com doses entre 35 e 40 Gy em 5 frações, ao longo de 11 a 29 dias. Foram incluídos homens com câncer de próstata de baixo risco (T2a, Gleason ≤6, PSA ≤10 ng/mL) e intermediário (T2b, Gleason ≤7, PSA ≤20 ng/mL). Foram registrados prospectivamente dados como PSA, ocorrência de metástases e status vital. Malignidades secundárias foram analisadas retrospectivamente.
Resultados principais:
- SG 10a: 84,1%.
- Sobrevida câncer específica 10a: 99,2%.
- Taxa de falha bioquímica em 10a: 7,7% para o grupo total
- Baixo risco = 3,7%
- Risco intermediário favorável = 4,9%
- Risco intermediário desfavorável = 23% (diferença estatisticamente significativa em relação ao grupo baixo risco e risco intermediário favorável)
- Ausência de metástases: 98,8%.
- Taxa de malignidade secundária: 27 pacientes (10,1%), sendo 6 casos possivelmente relacionados à radiação.
A SABR demonstrou excelentes taxas de controle do câncer, sendo eficaz e segura a longo prazo, especialmente em pacientes de risco baixo e intermediário favorável, com baixo impacto em termos de toxicidade e qualidade de vida. Apesar de taxas de malignidade secundária consistentes serem semelhante ao de outras modalidades de radioterapia, foi destacada a importância de monitoramento contínuo, considerando que alguns casos podem ser atribuídos à radioterapia. Apesar das limitações, como a heterogeneidade dos grupos de risco e o número reduzido de eventos, os dados apoiam a SABR como uma…