Reirradiação estereotáxica (SBRT) no resgate da recidiva local no leito prostático após prostatectomia


Introdução:

O manejo da recorrência local do câncer de próstata (CaP) no leito prostático após a prostatectomia radical (PR) e radioterapia continua sendo um desafio.

Com o objetivo de avaliar a eficácia e a segurança da reirradiação com radioterapia estereotáxica (SBRT) de resgate foi realizado um estudo retrospectivo com 117 pacientes tratados em 11 centros de radioterapia localizados em três países diferentes (França, Itália e Suíça).

Resultados:

Após um período médio de acompanhamento de 19,5 meses a sobrevida livre de progressão (SLP) média foi de 23,5 meses. A dose mediana utilizada na SBRT foi de 35 Gy (IQR, 30-36). O intervalo mediano entre o término do primeiro curso de radioterapia e a reirradiação (SBRT) foi de 79,8 meses.

 

Na análise multivariada o volume da recidiva e seu contato com a anastomose uretrovesical impactaram significativamente a sobrevida livre de progressão (SLP). A ocorrência de uma recidiva em contato com a anastomose uretrovesical e o D2% da bexiga foram significativamente associados a toxicidades tardias de qualquer grau. A incidência cumulativa em 3 anos de toxicidade tardia GU ou GI ≥2 foi de 18%.

Conclusões:

  • O uso de SBRT na reirradiação de resgate na recidiva local no leito prostático pode oferecer um controle de doença encorajador com toxicidade aceitável.
  • Os resultados de estudos prospectivos em andamento como o REPAIR GETUG P16 (NCT04536805) são necessários para confirmar esses resultados e definir melhor a população que pode se beneficiar com esse tratamento.

 

O link do artigo segue abaixo:
https://euoncology.europeanurology.com/article/S2588-9311(23)00070-6/fulltext

 



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