Radioterapia Ultra-Hipofracionada de toda a pelve (WPRT) é tão bem tolerada quanto WPRT de fracionamento convencional em pacientes com câncer de próstata? Resultados inicais do estudo HOPE


O estudo HOPE é um estudo multi-institucional de não inferioridade, fase 2, randomizado, controlado, conduzido em 3 centros canadenses, cujo objetivo foi avaliar a toxicidade aguda e o impacto na qualidade de vida (QOL) com Radioterapia ultra-hipofracionada de toda a pelve (WPRT) em comparação a WPRT com fracionamento convencional, após braquiterapia de próstata com alta taxa de dose (HDR-BT).

Embora o RTOG 9413 tenha falhado em demonstrar o benefício da WPRT, estudos recentes (POP-RT e SPPORT) demonstraram melhor sobrevida livre de metástase com WPRT. Além disso, avanços tecnológicos com IMRT e IGRT têm contribuído para reduzir a dose de radiação em OARs, mitigando as toxicidades relacionadas ao tratamento.

Foram randomizados 80 homens com câncer confinado a próstata, de risco intermediário desfavorável, alto risco e muito alto risco, para receber WPRT com fracionamento convencional (n = 39; 45 Gy / 25 frações diárias ou 46 Gy / 23 frações) ou WPRT ultra-hipofracionado (n = 41; 25 Gy / 5 frações em dias alternados), na proporção de 1:1. Ambos os braços foram submetidos a boost com HDR-BT em fração única de 15 Gy. Se doença de risco intermediário desfavorável, o risco de envolvimento nodal calculado usando o Nomograma do MSKCC deveriam ser ≥15%.

Três fiduciais foram inseridos na próstata para verificação e entrega da radioterapia pélvica, iniciada 1 a 3 semanas após HDR-BT. O planejamento foi realizado com tomografia e IMRT / VMAT. Os volumes de tratamento incluíram a próstata, vesículas seminais e linfonodos pélvicos (fossa obturadora, ilíaca externa e interna e pré–sacrais), conforme guideline do RTOG. Uso de ADT e sua duração ficou a critério do médico assistente, normalmente como uma terapia neoadjuvante antes da HDR-BT. Toxicidades agudas durante a RT e 6 semanas após o tratamento foram avaliados usando os critérios EPIC-50 e IPSS.

Ambos os regimes de tratamento foram bem tolerados em…



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