Objetivos: O objetivo da revisão foi sintetizar dados sobre a eficácia clínica, toxicidade e viabilidade da AHRT no tratamento de CNPCP, visando avaliar seu potencial de utilização em relação aos regimes convencionais.
Métodos: A revisão foi conduzida no Ovid Medline, Ovid Embase, Wiley Cochrane Library e ClinicalTrials.gov para publicações em inglês de 2010 a 2024 de estudos prospectivos e registro de investigação adotando doses >2Gy entregues em regimes de 10-25 frações para CPCNP, configurando AHRT.
Resultados: Foram identificados 33 estudos prospectivos que atenderam aos critérios de inclusão. De 14 estudos prospectivos avaliando AHRT definitivo (sem quimioterapia concomitante), houve 6 registros prospectivos, 7 ensaios de fase I-II e 1 ensaio clínico randomizado (RCT) de fase III, com uma dose mediana de 60 Gy administrada em uma mediana de 16 frações, sobrevida livre de progressão mediana de 6,4-25 meses, sobrevida mediana de 6-34 meses e 0-8% de esofagite grave de grau ≥ 3.
Houve 19 estudos avaliando AHRT com quimioterapia baseada em doublet de platina como o regime concomitante mais comum. Destes, houve 18 ensaios de fase I-II e um registro prospectivo com uma dose mediana de 61,6 Gy administrada em uma mediana de 23 frações, PFS mediana de 10-25 meses, sobrevida mediana de 13-38 meses, esofagite grau ≥ 3 0-23,5% e pneumonite grau ≥ 0-11,8%.
Conclusão: Embora a AHRT seja uma tendência mundial para tratamento em vários tipos de tumor, o emprego desta deve ser utilizado com cautela pela comunidade internacional, principalmente por limitações relacionadas a poucas publicações de ensaios clínicos randomizados. Vale ressaltar que o tratamento deve ser cuidadosamente individualizado para cada paciente, levando em consideração fatores como volume tumoral, localização, performance e comorbidades.
Dra. Thaís Lima Santana
Radioterapeuta Cebrom Oncoclínicas- Goiânia
@dra.thaissantana
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