Manejo do câncer de reto localmente avançado (LARC): Guideline da ASCO


O presente guideline, publicado em agosto de 2024, visa fornecer recomendações para o manejo do câncer de reto localmente avançado (LARC). Para tal, foi conduzida uma revisão sistemática entre 2013 e 2023, resultando na seleção de 12 ECRs, 2 revisões sistemáticas e 1 estudo não randomizado, que serviram de base para as recomendações. Feito por um painel de especialistas, o guideline se propôs a responder 6 perguntas principais, cujas respostas foram sumarizadas abaixo:

1 – Nos pacientes com LARC pMMR / estabilidade microssatélite, TNT (terapia neoadjuvante total) oferece melhores desfechos em comparação à terapia neoadjuvante padrão com QRT? Sim, TNT deve ser oferecida como terapêutica inicial no câncer de reto baixo e naqueles com alto risco de metástases locais ou à distância, o que inclui pacientes com 1 ou mais dos seguintes fatores: T4, EMVI, depósitos tumorais na ressonância, comprometimento da fáscia mesorretal ou comprometimento do plano interesfincteriano. A avaliação linfonodal tem pobre acurácia e por isso o painel de especialistas não recomenda a tomada de decisão apenas na avaliação radiológica linfonodal.

 

2 – Para os pacientes com LARC de baixo risco, qual a melhor estratégia: QRT ou FOLFOX e QRT seletiva? Pacientes com LARC localizado no reto médio e alto e invasão extramural > 5mm que preenchem critérios do estudo PROSPECT (T3 N0 a N1 candidatos a cirurgia com preservação do esfíncter sem risco a violação /comprometimento da fáscia mesorretal), QT exclusiva neoadjuvante baseada em fluorpirimidina e oxaliplatina. A adição seletiva de QRT pode ser oferecida após a QT para pacientes com redução tumoral < 20%. Outras opções para estes pacientes, com baixo risco de recorrência, incluem a QRT de curso longo ou a RT de curso curto, bem como TNT, na dependência dos objetivos de cada tratamento. As vantagens e desvantagens de cada abordagem são discutidas no artigo. Pacientes…



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