A adição de um reforço focal integrado à lesão intraprostática está associada à melhor sobrevida livre de doença bioquímica (bDFS) em pacientes com câncer de próstata de risco intermediário e alto (PCa) em radioterapia fracionada convencional. Além disso, a radioterapia estereotáxica de corpo inteiro (SBRT) demonstrou ser não inferior à radioterapia convencional para PCa de risco baixo e intermediário.
Para investigar a combinação de SBRT de próstata ultra-hipofracionada com reforço focal (boost) para PCa de risco intermediário e alto, o estudo hipo-FLAME foi realizado
Métodos
Todos os pacientes foram tratados com 35 Gy em 5 frações semanais sobre toda a próstata com um reforço integrado (boost) com dose de até 50 Gy no volume tumoral definido com auxílio de ressonância magnética. As restrições de dose para os tecidos normais foram priorizadas em relação à dose de reforço focal. Os resultados incluem taxas de controle bioquímico em 5 anos, além de toxicidade tardia e qualidade de vida relacionada à saúde.
Resultados
Entre 2016 e 2018, 100 homens foram tratados com um acompanhamento médio de 61 meses. O controle bioquímico (bDFS) da doença estimado de 5 anos foi de 93%. Em relação à toxicidade, 12% dos pacientes apresentaram efeitos geniturinários de grau 2+ e 4% tiveram toxicidade gastrointestinal de grau 2+ em 5 anos.
Conclusão
O SBRT ultra-hipofracionado com reforço focal demonstrou resultados promissores de controle bioquímico até 5 anos após o tratamento em pacientes com câncer de próstata de risco intermediário e alto. Além disso, essa técnica foi associada a níveis aceitáveis de toxicidade tardia geniturinária e gastrointestinal, tornando-se mais uma opção para esses pacientes..
O link para o estudo segue abaixo:
https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0167814024035461
Andre Gouveia, MD
McMaster University, Juravinski Cancer Centre
Department of Oncology –…