Meningiomas são os tumores intracranianos primários mais comuns e o tratamento principal é a cirurgia.
A indicação de radioterapia após tratamento cirúrgico no meningioma tem por objetivo melhorar o controle local (CL) e a sobrevida livre de progressão (SLP).
Para os casos operados em que há indicação de radioterapia adjuvantes, o uso da ressonância magnética (RM) a fim de avaliar a doença residual pode auxiliar no planejamento da radioterapia, mas há regiões que não serão discerniveis entre doença residual ou recidiva. Neste contexto, o uso do PET baseado em receptor de somatostatina (68)Ga-DOTATATE pode ser extremamente útil.
Quase todos os meningioma possuem em seu tecido o receptor de somatostatina. Esses marcadores podem auxiliar o planejamento do tratamento com radioterapia, pois a imagem PET pode detectar mais claramente a doença em atividade não avaliável na RM ( o que ocorre em aproximadamente 28% dos pacientes).
Com a maior precisão da localização da doença tem-se a possibilidade de minimizar a toxicidade decorrente do tratamento e potencializar o efeito terapêutico, ao concentrar maior dose em volumes específicos, o que chamamos de escalonamento de dose).
À medida que a radioterapia guiada por PET se torna mais comum, diretrizes consensuais de contorno são necessárias. O RTOG 0539 orienta o manejo moderno da radioterapia para meningiomas, mas recomenda grandes margens de expansão em tecido cerebral normal, mesmo na ausência de invasão cerebral. Ajustes de volume ao redor da dura-máter e da foice permanecem tópicos controversos. Há estudos em conflitantes se a inclusão da cauda dural nos planos de radioterapia pode ou não afetar os padrões de recidiva.
Essas controvérsias demonstram a necessidade urgente de tratamentos guiados por biomarcadores para criar radioterapias mais conformadas. Limites anatômicos, informados tanto por ressonância magnética pré-operatória quanto por PET, podem se…