Contexto
Em 2012, o governo brasileiro lançou um plano de expansão da radioterapia (RT) (PER-SUS) para instalar
100 aceleradores lineares. Este estudo avalia o desenvolvimento deste programa após oito anos.
Objetivos e Métodos
Foram revisados relatórios oficiais do Ministério da Saúde (MS). O status dos projetos, os prazos, e os dados de custos (todos convertidos em dólares americanos) foram extraídos. A análise temporal foi dividida em sete fases e a avaliação de custo em cinco etapas. O tempo inicial previsto do projeto (IPPT) e os custos
(estimados pelo MS) para cada fase foram comparados entre os 18 centros de RT operacionais (capazes de tratar pacientes) e 30 centros de RT não operacionais usando os testes t, ANOVA e Mann-Whitney U. Um valor de p < 0,05 indica significância estatística.
Resultados
- Observou-se atraso significativo na comparação do IPPT com o tempo total para conclusão dos cada 48 centros de RT (p < 0,001), com atrasos consideráveis nas primeiras cinco fases (p < 0,001 para todas).
- O tempo médio para conclusão dos primeiros 18 centros de TR operacionais (77,4 meses) foi menor em comparação com os 30 centros de RT não operacionais (94,0 meses), p < 0,001.
- O custo total dos 48 serviços de RT foi de 82,84 milhões de dólares
- O custo da expansão dos centros de TR existentes foi de 1,30 milhões de dólares versus 2,18 milhões de dólares para novos serviços de RT, p < 0,0001.
Conclusão
Após oito anos, o programa PER-SUS apresentou um atraso substancial na maioria dos projetos e suas fases,
com aumento de custos ao longo do tempo.
As nossas conclusões indicam a necessidade de agir para aumentar o sucesso deste plano. Este estudo pode fornecer uma referência para outros países em desenvolvimento que tentam expandir a capacidade de TR.
O link para o artigo na íntegra segue abaixo:
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2213538323000760?dgcid=coauthor
Andre Gouveia,…
