Ensaios clínicos randomizados fase III, incluindo o Keynote-590, ESCORT-1,ORIENT-15, JUPITER-06, RATIONAL 306 e o ensaio clínico ASTRUM-007, demonstraram que adicionar anticorpo anti-PD1 à quimioterapia melhora a PFS (5,7-7,3 meses) e OS (13,2-17,2 meses).
Consequentemente, a quimioimunoterapia se tornou o atual tratamento padrão de primeira linha para carcinoma espinocelular de esôfago (ESCC) metastático de acordo com NCCN.
A combinação de RT com imunoterapia mostrou resultados promissores no aumento da resposta imune tumoral e na eficácia clínica.
O estudo apresentado acima teve como objetivo comparar a eficácia e a segurança da combinação de quimioimunoterapia de primeira linha com radioterapia (RT) X quimioimunoterapia isolada em pacientes portadores de ESCC estágio IVB.
Foram avaliados retrospectivamente 409 pacientes com ESCC estágio IVB, que receberam QT de 1ª linha e anticorpo anti-PD-1, com ou sem RT ≥40 Gy para lesão primária, de 4 centros acadêmicos entre outubro de 2018 e dezembro de 2022.
O Escore de propensão ou Propensity Score Matching (PSM) foi realizado para minimizar os potenciais efeitos de confusão. A RT foi oferecida simultaneamente com a quimioimunoterapia ou após a quimioimunoterapia de indução. Linfonodos não regionais (supraclaviculares, paraaórticos e retroperitoneais) foram incluídos. RT para outras lesões metastáticas foi opcional e determinado pelo radioterapeuta. Na coorte de 409 pacientes, o grupo que recebeu RT adicional teve sobrevida global (OS) (HR 0,51; IC 95%, 0,39-0,66; P <0,001) e sobrevida livre de progressão (PFS) (HR 0,52; IC 95%, 0,40-0,66;P <0,001). Após PSM 1:1,entre idade, localização do tumor e locais metastáticos, um total de 250 pacientes foram selecionados para análise. Os resultados permaneceram consistentes e mostraram que a adição de RT melhorou significativamente a OS e a PFS (mediana de OS, 24,9 vs 14,6 meses;P = 0,003; mediana de PFS, 14,2 vs 10,6 meses; P =…