O tratamento padrão no câncer de próstata de risco intermediário desfavorável e alto risco envolve bloqueio hormonal (ADT) em combinação com radioterapia pélvica com fracionamento convencional (CF), seguido de reforço com radioterapia externa (EBRT) ou braquiterapia de próstata. Este estudo comparou o reforço com CF-EBRT versus o reforço com radioterapia corporal estereotáxica (SBRT) após CF-EBRT pélvica.
Os pacientes foram randomizados para receber reforço usando CF-EBRT (32–34 Gy em 15–17 frações) ou SBRT (19,5–21 Gy em três frações semanais) após CF-EBRT pélvica (45–46 Gy em 23–25 frações). O objetivo primário foi a avaliação precoce (3 meses após a radioterapia) da qualidade de vida (QV) gastrointestinal (GI) e geniturinária (GU), usando o EPIC score. Objetivos secundários incluíram QV a longo prazo, IPSS, avaliações de toxicidade e controle de doença. Regressão linear e teste exato de Fisher foram utilizados para análise.
Dos 100 pacientes randomizados, 53 receberam CF-EBRT e 47 SBRT. Após 18,5 meses de seguimento médio, não houve diferença significativa entre os grupos na pontuação EPIC para sintomas urinários (11,5 vs. 8,6, p = 0,23), intestinais (5,2 vs. 6,4, p = 0,57) e QV geral (8,3 vs. 7,5, p = 0,61) em 3 meses. Foram semelhantes as pontuações IPSS (p = 0,11) e as taxas de toxicidade do CTCAE v.5.0. Falha bioquímica foi < 5% em ambos os grupos.
Este é o primeiro ensaio randomizado com resultados de QV após reforço com SBRT em pacientes com câncer de próstata de risco intermediário desfavorável e alto risco. O reforço com SBRT após CF-EBRT pélvica mostrou boa tolerância e resultados comparáveis ao reforço com CF-EBRT. Acompanhamento mais longo é necessário para avaliar impactos duradouros em QV, toxicidade e controle da doença.
Publicação: https://o nlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/pros.24905
Andre Gouveia, MD
Clinical Assistant Professor- The University of…