Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia
No último domingo, 4 de agosto, Noah Lyles, dos Estados Unidos, conquistou a medalha de ouro nos 100 metros rasos nas Olimpíadas de Paris 2024, em uma das chegadas mais acirradas da história da prova. Portador de asma, o velocista é um exemplo inspirador de como a determinação, o acompanhamento médico e o exercício físico podem superar desafios de saúde.
A asma é uma condição crônica que afeta as vias respiratórias, causando episódios de falta de ar, chiado no peito e tosse, frequentemente vista como uma barreira para atividades físicas intensas. No entanto, Lyles provou que, com controle adequado e tratamento correto, é possível alcançar grandes feitos atléticos.
Segundo a coordenadora da Comissão Científica de Asma da SBPT, Dra. Lilian Ballini, exercícios aeróbicos e de intensidade progressiva, combinados com alongamento, aquecimento e fortalecimento muscular, podem ser grandes aliados para quem tem doenças pulmonares.
“Esses exercícios melhoram o condicionamento cardiorrespiratório, aumentando a tolerância ao exercício e reduzindo os sintomas da doença, permitindo a realização de atividades físicas por mais tempo com menor sensação de cansaço ou falta de ar. Além disso, contribuem para a melhoria da qualidade de vida e auxiliam no controle do peso”, explica a pneumologista.
Apesar disso, Lilian Ballini alerta que o paciente deve estar muito bem orientado quanto à sua doença e limitações. “O paciente não deve se exercitar quando não estiver com a doença de base controlada, como é o caso da asma. Por isso, é fundamental o acompanhamento médico especializado com pneumologista e, se necessário, avaliação e acompanhamento complementar de um médico do esporte, fisiatra, fisioterapeuta ou educador físico. Dessa forma, a dose, intensidade e o tipo de exercício mais adequado podem ser prescritos para cada caso”,…