
Nos últimos dois anos, a Covid-19 colocou as doenças crônicas não transmissíveis ainda mais em evidência, uma vez que as comorbidades crônicas aumentaram os riscos de internações e mortes por Covid-19. Ao mesmo tempo, com a atenção direcionada para a emergência em saúde, a assistência às doenças crônicas não transmissíveis foi menos priorizada, aumentando as dificuldades de acesso a novos diagnósticos e a tratamentos oportunos.
E essa não é uma situação pontual. Os reflexos do que temos vivido desde o início de 2020 serão sentidos nos próximos anos e, até mesmo, décadas. Por isso, estamos em um momento decisivo para investirmos em um futuro mais saudável para brasileiras e brasileiros.
A pandemia de coronavírus colocou as doenças crônicas não transmissíveis ainda mais em evidência desde 2020 – Eduardo Knapp – 15.dez.20/Folhapress
Os governos precisam priorizar investimentos inteligentes e estratégicos, o que exige o fortalecimento da capacidade analítica dos gestores de maneira intersetorial. E isso só pode ser feito se tivermos um monitoramento robusto e atualizado, que mostre um retrato fiel da situação de saúde da população, e oriente as prioridades, o planejamento e ações para redução da morbimortalidade.
A informação é um recurso ainda mais valioso em um país como o Brasil que, com dimensões continentais, apresenta desigualdades socioeconômicas e regionais gritantes. E, por aqui,…