Profissionais de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), que atuam em território indígena, junto ao povo Yanomami, foram treinados pelo Programa de Reanimação Neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria (PRN-SBP). A capacitação, realizada no campus da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Roraima (UFRR), em Boa Vista (RR), nos dias 2 e 3 de dezembro, formou 35 enfermeiros e 11 médicos em procedimentos de ressuscitação em recém-nascidos.
Segundo explicou a coordenadora estadual do PRN-SBP e responsável pela condução do curso, dra. Celeste Varotto Wanderley, as aulas integraram a “Oficina de Qualificação em Cuidados Materno, Neonatal e Infantil e Violência do Óbito”, promovida pelo Ministério da Saúde, em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), no âmbito do Apoio à Saúde dos Povos Indígenas.
“A reanimação neonatal foi incluída como um dos temas abordados pela Oficina, que englobou outros assuntos. Foi uma experiência bastante proveitosa, uma vez que pudemos apresentar os fundamentos da ressuscitação do neonato, em consonância com as diretrizes mais atualizadas do Programa. Os dois dias de treinamento contaram tanto com aulas teóricas quanto com estações práticas”, disse.
De acordo com a pediatra, após a capacitação do curso, também se debateu sobre as particularidades do atendimento aos povos indígenas, com ênfase no respeito a determinadas tradições culturais.
Na avaliação das coordenadoras nacionais do PRN-SBP, dras. Maria Fernanda Branco de Almeida e Ruth Guinsburg, a iniciativa é de suma importância, pois os estudos epidemiológicos mostram que, no geral, um a cada dez recém-nascidos precisa de ajuda para iniciar e manter a respiração ao nascer.
“Quando necessária, essa intervenção deve ser feita nos primeiros 60 segundos após o nascimento – conhecido por “minuto de ouro”. Levar qualificação aos profissionais que atendem os povos originários é…