Desde a chegada do outono e do inverno, explodiram conteúdos nas redes sociais de pediatras, mães e pais sobre “evitar receber visitas e expor bebês a multidões” pelo contágio do vírus da bronquiolite, uma infecção respiratória que afeta principalmente bebês de até dois anos e que apresenta sintomas semelhantes aos de um resfriado.
Leia também – Sinais de que a criança precisa consultar um otorrinolaringologistaAMP
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatra, esta condição é geralmente causada pelo vírus sincicial respiratório (VSR), mas outros vírus como adenovírus, parainfluenza, influenza e rinovírus também podem ser responsáveis.
De acordo com a pediatra Giovanna Oncala Simão, a inflamação e o muco bloqueiam os bronquíolos, dificultando a saída de ar dos pulmões e causando chiado. “Quanto menor o bebê, mais estreito o bronquíolo, e qualquer inchaço pode obstruí-lo significativamente”, explica a pediatra.
Tratamento da bronquiolite
Ao identificar os sintomas, é essencial procurar um pediatra. O diagnóstico é feito com base na história clínica e exame físico, podendo incluir métodos complementares como painel viral, radiografia de tórax e outros exames laboratoriais. O tratamento geralmente envolve controle da febre, lavagem nasal com soro fisiológico, ingestão de líquidos e alimentação adequada. Na maioria dos casos, a criança se recupera em casa em até quatro dias.
Nos casos graves, pode ser necessária a internação para observação e tratamentos específicos, como fisioterapia respiratória, inalações e suporte ventilatório. “A internação hospitalar é rara, ocorrendo em cerca de 2% dos pacientes com menos de um ano de idade”, destaca Giovanna.
Prevenção da bronquiolite
Medidas preventivas incluem higienização das mãos, evitar ambientes aglomerados e contato com pessoas doentes, e uso de máscaras quando necessário. Para prematuros extremos com doença respiratória crônica ou cardiopatia congênita, a aplicação de imunoglobulina é recomendada e distribuída via SUS.
A vacina contra o VSR, aprovada pela ANVISA em abril de 2024, será disponibilizada para gestantes, proporcionando imunização ao bebê até os seis meses de idade. Manter o calendário de vacinação em dia é fundamental para aumentar a imunidade da mãe e do bebê contra doenças infecciosas graves.
*Informações Assessoria de Imprensa