Câncer infantojuvenil: consultas periódicas ao pediatra e conscientização dos pais aumentam as chances de cura

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2024-10-07 | 13:00h
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2024-10-07 | 13:41h
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(Foto: Freepik)

Diferentemente do adulto, para o qual a adoção de hábitos saudáveis e a não exposição a agentes cancerígenos (radiação, substâncias químicas, poluição) diminuem o risco de desenvolvimento do câncer, os tumores infantojuvenis raramente são ligados a estilo de vida e fatores ambientais. Dessa forma, não há como prevenir a doença, mas sim detectá-la em seus estágios iniciais para aumentar as chances de cura.

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Quando identificados no início e tratados em centros médicos especializados em oncologia pediátrica, os tumores apresentam, no Brasil, taxa de cura de 70%, média alcançada pelo Hospital do GRAACC, referência no tratamento do câncer infantojuvenil. Em algumas neoplasias, como o tumor de Wilms (renal) e o retinoblastoma (ocular), esse índice pode ultrapassar 90%.

“Quanto mais cedo a doença for descoberta e o tratamento iniciado, maiores são as chances de alcançarmos bons resultados. Em seu estágio inicial, o tumor se encontra no local de origem, ou seja, não se espalhou para outros órgãos ou tecidos”, explica Monica Cypriano, diretora clínica do Hospital do GRAACC. A oncologista pediátrica lembra que as neoplasias infantojuvenis respondem melhor à quimioterapia convencional do que as do adulto, e a recuperação é mais rápida.

O Instituto Nacional do Câncer (INCA), estima que, no triênio 2023/2025, ocorrerão no Brasil, a cada ano, 7.930 novos casos de câncer em crianças e adolescentes de 0 a 19 anos de idade. Comumente, os tumores se desenvolvem por meio de mutações genéticas de células embrionárias, as quais podem se transformar em qualquer tipo de célula do corpo durante a gestação. Na fase de crescimento, essas células se replicam rapidamente, o que justifica a evolução rápida do câncer em crianças.

Sinais e sintomas do câncer infantojuvenil

Muitos sintomas das neoplasias infantojuvenis são semelhantes aos de doenças comuns da infância. Por isso, o olhar do especialista é essencial para evitar que os tumores passem despercebidos, assim como a conscientização dos pais e responsáveis, que devem observar atentamente a criança e buscar atendimento médico quando houver alguma suspeita. Além disso, são necessárias consultas periódicas de rotina ao pediatra, oftalmologista e dentista.

Conheça os principais sinais e sintomas:

  • Febre persistente sem causa aparente e que não melhora com antibióticos ou medicamentos
  • Perda de peso recente ou manchas roxas na pele sem causa conhecida
  • Dor de cabeça matutina frequente
  • Convulsão sem febre
  • Fraqueza ou paralisia de um lado do rosto ou corpo
  • Gânglios aumentados (ínguas) por período superior a três semanas
  • Reflexo branco no olho ao tirar fotografia com flash
  • Inchaço em um dos olhos, olho torto ou estrabismo
  • Inchaço nas gengivas, amolecimento repentino dos dentes com perda dentária anormal para a idade
  • Falta de ar sem histórico de febre, asma ou alergia
  • Presença de sangue na urina
  • Aumento do tamanho de um ou dos dois testículos
  • Barriga inchada ou endurecida
  • Desenvolvimento puberal muito adiantado para a idade
  • Dor óssea persistente ou progressiva
  • Dor ou inchaço nas articulações sem causa conhecida
  • Aparecimento de inchaço, nódulo, “bola” em alguma parte do corpo sem relação com trauma
  • Pressão alta

*Informações Assessoria de Imprensa

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