62,5% dos casos de ansiedade nas escolas estão relacionados como causa ou consequência de acidentes, aponta estudo

ansiedade escola
(Foto: Freepik)

Dados inéditos sugerem que acidentes e traumas dentro das escolas se associam com episódios  de ansiedade de crianças e adolescentes. De acordo com o relatório Saúde Escolar pelo Brasil, 62,5% dos casos de transtornos agudos de ansiedade na escola estariam relacionados com a ocorrência de incidentes como quedas, engasgos, cortes e queimaduras.

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Produzido pela Coala Saúde, que analisou 1.250 casos de doenças infectocontagiosas e situações de traumas e acidentes envolvendo crianças e adolescentes em 82 escolas em todas as regiões do país durante o último ano letivo, o relatório evidencia uma preocupante relação bidirecional entre ansiedade e acidentes em escolas.

Por um lado, altos níveis de ansiedade podem comprometer a concentração, atenção e coordenação motora dos alunos, aumentando o risco de acidentes. Do outro, a experiência traumática de um acidente pode desencadear ou agravar transtornos de ansiedade em crianças e adolescentes, criando um ciclo vicioso que exige medidas preventivas, vigilância atenciosa e intervenção adequada precoce com acompanhamento dos casos para garantir não só o melhor desfecho clínico, mas também o retorno precoce saudável para a sala de aula.

“Essa complexa interação reforça a urgente necessidade de abordar a promoção de saúde mental nas escolas de forma ampla e sustentável com políticas de atenção psicossocial, em conformidade com as Leis 14.819 e 14.831, de janeiro e abril de 2024, respectivamente. E a saúde ocupa um papel essencial na implementação dessas iniciativas  estratégicas e acolhedoras de prevenção e de apoio para garantir a segurança e o bem-estar dos estudantes, complementando os limites de atuação do pedagógico no ecossistema educacional. Além do potencial de fazer, das escolas, ambientes inclusivos, na prática. Qualquer intercorrência na jornada educacional de um aluno é capaz de deixar marcas emocionais ao longo de seu crescimento e interferir em seu processo de aprendizagem”, explica Rafael Kader, médico e CEO da Coala Saúde.

Educação infantil

O relatório aponta também que situações de traumas e acidentes são mais comuns em instituições de ensino voltadas para crianças na educação infantil. Creches e pré-escolas são responsáveis por concentrar 32,2% dos incidentes, demonstrando que políticas de prevenção para acidentes são fundamentais entre os mais novos. As medidas vão desde ensinar as crianças sobre os perigos e como evitá-los, até mesmo ter um plano de emergência para agir em caso de acidentes e ter os colaboradores capacitados para eventuais intercorrências.

*Informações Assessoria de Imprensa