As hepatites são um grave problema de saúde pública, por isso é importante estar atento aos fatores socioambientais que provocam a infecção, como a ingestão de água ou alimentos contaminados, em decorrência da ausência de saneamento básico, contato sexual sem proteção e outras formas de contato com sangue ou fluidos corporais infectados. As hepatites mais comuns no Brasil são as do tipo A, B e C. O vírus da hepatite D é mais comum na região Norte e o da hepatite E, o menos encontrado. Dados do Ministério da Saúde indicaram mais de 700 mil casos de diagnósticos positivos da doença de 2000 a 2021. Só por hepatite C, foram mais de 62 mil óbitos no período. “Com a detecção de infecção pelo vírus da hepatite C, é possível iniciar um tratamento rápido e muito eficaz”, afirma o patologista clínico. Por isso, todos os anos, a data de 28 de julho é utilizada para marcar o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais.
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A Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial esteve presente na 18ª Cúpula Global de Hepatite (GHS 2023) realizada em abril, em Paris, França. Na conferência, os especialistas falaram sobre o avanço no diagnóstico e o desenvolvimento de pesquisas para o controle e eliminação da hepatite, que provoca a inflamação do fígado.
O coordenador médico do Laboratório Clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, João Renato Rebello Pinho, membro da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica /Medicina Laboratorial (SBPC/ML), participou como representante do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS). “O projeto pioneiro vai avaliar as causas das hepatites agudas em todo Brasil, com a colaboração de 20 estados brasileiros”, explica o associado da SBPC/ML.
Para o patologista clínico João Renato Rebello Pinho, membro da SBPC/ML, o principal problema da infecção é a característica assintomática inicial. “A ausência dos sintomas e sinais precoces da doença não contribuem para um bom diagnóstico. Reforço a importância da comunidade médica solicitar a sorologia nos exames de rotina e falar sobre a imunização para prevenção das hepatites A e B”, esclarece o médico. A vacinação da hepatite A, dose única, deve ser aplicada aos 15 meses e para hepatite B, ao nascer, mas o esquema vacinal deve ser completado na adolescência e fase adulta, de acordo com a situação vacinal. Todas previstas no Calendário Nacional de Vacinação disponíveis na rede pública.
Quando o quadro clínico é claro com icterícia ou mesmo em casos assintomáticos, uma análise laboratorial detalhada permite a identificação da forma de hepatite e guiar a melhor abordagem no tratamento . Hepatites podem ser causadas ainda por outros vírus ou bactérias, ou até mesmo pelo uso excessivo de medicamentos ou ingestão de bebidas alcoólicas. Além disso, a caracterização dos genótipos dos 5 vírus hepatotrópicos convencionais (A, B, C, D, E) neste projeto permitirá conhecer sua dispersão na população brasileira.
*Informações Assessoria de Imprensa