Espirros, tosse, ronco, nariz escorrendo. Sintomas frequentes e que não passam despercebidos nas crianças. Além de doenças, como infecções por vírus e bactérias, a médica otorrinolaringologista e especialista em saúde da família, Caroline Beal, explica que alguns sintomas podem demonstrar problemas crônicos, que exigem acompanhamento e tratamento especial.
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A médica conta que alguns sinais podem sinalizar algumas doenças, tanto respiratórias quanto auditivas. Ela elenca alguns alertas que podem demonstrar problemas de saúde, tanto no sistema respiratório, quanto auditivo:
Muitas vezes é normal as crianças falarem mais alto para chamar a atenção, por exemplo. Mas o hábito pode indicar também algum problema no ouvido, seja ele genético, congênito ou até causado pelo acúmulo de cera ou líquido no ouvido. Uma avaliação auditiva pode verificar o funcionamento do sistema auditivo e afastar um problema crônico.
Se a criança apresenta esse sintoma, é necessário investigar de onde ele vem. A apneia do sono também ocorre em crianças: além do ronco, sinais como suor excessivo, dificuldade para respirar e dormir de boca aberta são alertas para o problema. Estima-se que mais de 70 milhões de pessoas possuem o problema, e muitos passam a vida sem o diagnóstico. Além disso, o ronco pode ser decorrente do aumento das amígdalas e adenóides, que podem causar o bloqueio da passagem de ar. Depois da investigação clínica, o médico pode indicar um tratamento ou até uma cirurgia para resolver o problema.
Ranger e apertar os dentes, “abraçar” os dentes com a língua, mordiscar as bochechas ou lábios ou projetar a mandíbula são sinais de bruxismo infantil, percebido na maioria das vezes pelos pais enquanto os filhos estão dormindo. O quadro deve ser investigado e tratado. Quando não tratado corretamente, o bruxismo pode causar problemas como dificuldades de mastigação e alterações na formação das estruturas da boca e mandíbula e desgastes ou fraturas nos dentes.
O sintoma pode estar relacionado a problemas como asma, bronquite, rinossinusite, asma e doença do refluxo gastroesofágico e é imprescindível uma avaliação médica para identificação do problema, com a ausculta do pulmão e exame físico do nariz, que somados aos detalhes informados pelos pais, como em que momento são mais frequentes, se vem acompanhado de outros sintomas, colaboram para um diagnóstico mais assertivo e para o início do tratamento correto, aliviando os sintomas e trazendo maior qualidade de vida para a criança.
A dor de ouvido pode estar relacionada a infecção viral ou bacteriana do ouvido médio, localizado entre o tímpano e o ouvido inteiro, a famosa otite média, mas também pode estar associada a problemas na mandíbula, crescimento de um dente, infecções na garganta e otite externa (ouvido de nadador) – muito frequente nesta época do ano, em que as crianças frequentam mais piscinas e praias: a água permanece no ouvido, criando um ambiente úmido ótimo para o crescimento de bactérias.
Independente do sintoma, a avaliação clínica é essencial para descobrir a causa do problema, e indicar o melhor tratamento. “Geralmente os pais levam as crianças ao otorrinolaringologista em casos de doenças aparentes, mas uma consulta anual, para acompanhar a garganta, o sistema auditivo e o respiratório durante todo o desenvolvimento da criança, é fundamental”, aconselha Caroline.
*Informações Assessoria de Imprensa