Banhos e mergulhos frequentes aumentam os quadros de otite externa no verão

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(Foto: DCStudio/Freepik)

Desde dezembro, o verão tem tido o sol e a água como protagonistas. Segundo medições do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), as temperaturas têm ultrapassado a marca dos 35ºC na maior parte dos municípios paranaenses desde o início da estação. Nesse período, é preciso ter maiores cuidados ao buscar refresco em piscinas, praias, rios e chuveiros devido ao aumento das ocorrências de otite externa.

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Segundo o otorrinolaringologista do Hospital IPO, Rodrigo Silveira de Miranda, enquanto a otite média está atrelada ao acúmulo de catarro no ouvido médio – atrás do tímpano, a otite externa está ligada diretamente ao registro de água e umidade no ouvido. O quadro se desenvolve, porque a região da pele do conduto do ouvido externo fica mais suscetível à ação de patógenos, como as bactérias, quando exposto a essas condições.

“O cuidado básico pode ser simples. Basta secar sempre os ouvidos de forma delicada e com uma toalha limpa após entrar em piscinas, rios, mares e, até mesmo, depois de tomar banho. Outro ponto de atenção, em especial para quem tem cabelo comprido, é evitar deixá-lo solto e molhado por cima da orelha. Sempre que possível, o ideal é secá-lo ou colocá-lo atrás da orelha”, aconselha o médico.

A otite externa é caracterizada pela dor de ouvido e esse incômodo pode se espalhar pela região da face próxima ao ouvido, além de incluir a sensação de ouvido tampado ou entupido. De acordo com o especialista, em muitas ocorrências, os pacientes tomam medidas que devem ser evitadas, como a utilização de cotonetes para tentar destampar o ouvido ou, então, a automedicação com gotas otológicas.

“É importante ressaltar que, antes de tudo, o paciente sempre precisa passar por uma avaliação médica para definir qual gota otológica deve ser ministrada e, até mesmo, se deve ser incluído no tratamento um medicamento sistêmico como antibióticos ou anti-inflamatórios”, prossegue Miranda. O acompanhamento médico é fundamental para evitar desdobramentos da otite externa.

O prolongamento da doença pode gerar patologias mais graves e que exigem não somente a utilização de medicamentos sistêmicos, mas também internamento hospitalar. “O mais importante é insistir na avaliação médica para identificar e prevenir possíveis complicações, como abscessos e casos de otite externa maligna, que é uma doença rara, mas que precisa de internação e tratamento médico hospitalar sob forte supervisão”, finaliza o otorrinolaringologista.

*Informações Assessoria de Imprensa

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