
O glaucoma é uma doença de evolução silenciosa e que não tem cura e impactou 64 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo o último relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019. A realização do diagnóstico precoce é fundamental para prevenir a evolução da doença, que pode provocar a cegueira irreversível. De acordo com o Ministério da Saúde, a patologia atinge mais de 900 mil pessoas no país.
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O glaucoma é uma doença ocular que danifica o nervo óptico, que é o responsável pela transmissão de informações visuais dos olhos ao cérebro. Geralmente ocorre quando a pressão dentro dos olhos aumenta, explica Ione Alexim, oftalmologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Segundo a médica, há quatro tipos diferentes de glaucoma. O primeiro e mais comum, é o glaucoma crônico de ângulo aberto. Neste caso, os pacientes são assintomáticos e a perda visual, que ocorre gradualmente, é identificada em fases mais avançadas da doença, afetando principalmente sua visão periférica lateral. Já o glaucoma de ângulo fechado, ocorre quando é identificado um embaçamento visual, ocasionado pelo aumento súbito da pressão intraocular. Em casos raros, também temos o congênito, em que a criança já nasce com a doença e deve ser tratado imediatamente após o diagnóstico, ainda na primeira infância. E o glaucoma secundário, que é causado pelo uso excessivo de medicamentos, como corticosteroides ou por outras doenças oculares.
Fatores de risco e sintomas
Os fatores que contribuem para o desenvolvimento do glaucoma, podem estar relacionados a questões hereditárias, idade avançada, pacientes com alto grau de miopia, pacientes com diabetes e pacientes com córnea fina. Os sintomas estão associados a vermelhidão e dor ocular, náuseas, embaçamento visual, e fotofobia (desconforto visual quando exposto à claridade excessiva).
Diagnóstico e tratamento
É fundamental que as pessoas procurem ajuda médica para avaliar sua condição visual. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), 80% dos casos relacionados as deficiências visuais poderiam ser evitadas. Vale ressaltar, que é importante fazer exames de rotina com um oftalmologista para detectar o glaucoma precocemente e evitar a perda irreversível da visão.
De acordo com Ione, consultas anuais com oftalmologista são essenciais na prevenção. “Acompanhamento médico e exames regulares auxiliam no diagnóstico precoce e permitem intervenções, que podem retardar o avanço do glaucoma, auxiliando os pacientes a manterem a independência e autonomia”, afirma.
Conforme a especialista, o tratamento clínico pode ser realizado com o uso de colírios e laser. Além disso, dependendo do quadro clínico do paciente, pode ser avaliado a realização do procedimento cirúrgico.
*Informações Assessoria de Imprensa