ABRAN – Associação Brasileira de Nutrologia
Um estudo de centro único avaliou a segurança e a eficácia da teduglutida em pacientes pediátricos com insuficiência intestinal associada à síndrome do intestino curto, e concluiu que houve aumento da absorção intestinal e redução da dependência de nutrição parenteral nas crianças que foram tratadas com teduglutida.
Tratamento de longo prazo com teduglutida: um ensaio clínico aberto de centro único de 48 semanas em crianças com síndrome do intestino curto
A síndrome do intestino curto (SIC) é a principal causa de insuficiência intestinal (II) na infância. A SIC-II requer nutrição parenteral (NP) de longo prazo e suporte de NP domiciliar (NPD). A adaptação fisiológica do intestino remanescente permite que a maioria das crianças seja desmamada da NP após alguns meses. No entanto, várias pesquisas mostraram que após 4 anos, a probabilidade de atingir a autonomia intestinal é reduzida. Portanto, alcançar a autonomia intestinal pode exigir reconstrução intestinal autóloga, como alongamento e afunilamento intestinal longitudinal (LILT) ou enteroplastia transversal serial (STEP) ou até mesmo transplante intestinal. Estratégias multidisciplinares desenvolvidas durante as últimas décadas melhoraram o prognóstico da SIC-II em termos de mortalidade e morbidade, mesmo para aqueles que apresentam SIC ultracurta. Essas melhorias aumentaram a sobrevida de crianças com SIC-II e reduziram a necessidade de transplante de fígado/intestino. Isso levou a mais crianças em programas de NP domiciliar de longo prazo em muitos centros de reabilitação intestinal em todo o mundo.
Nesse contexto, o desenvolvimento de novos fármacos para o tratamento das condições de II é de grande valia. A última década viu o desenvolvimento de fatores tróficos intestinais, como análogos de GLP-2. Os análogos de GLP-2 foram projetados para serem resistentes à dipeptidil peptidase IV, aumentando consideravelmente sua meia-vida, e…