Selênio e função imune – ABRAN – Associação Brasileira de Nutrologia


Selênio e função imune: uma revisão sistemática e meta-análise de estudos experimentais em humanos

O selênio é um oligoelemento essencial com uma relação complexa e intrigante com a saúde humana, demonstrando efeitos benéficos e prejudiciais, dependendo da dose e da espécie química. A selenocisteína é reconhecida como o 21º aminoácido e o selênio é um componente essencial de 25 selenoproteínas, que participam de uma ampla variedade de processos fisiológicos, incluindo a regulação da resposta antioxidante a espécies reativas de oxigênio e outras propriedades fisiológicas. Os níveis desses biomarcadores funcionais foram usados por vários órgãos nacionais e internacionais para sugerir recomendações dietéticas para ingestão de selênio, ou seja, tanto as necessidades médias quanto as ingestões dietéticas de referência, variando de 20 a 75 μg/d, dependendo do tipo e quantidade de resposta proteômica induzida por selênio escolhida. Algumas dessas selenoproteínas são enzimas que também podem estar envolvidas na função imune, como glutationa peroxidases, tiorredoxina redutases, iodotironina desiodases, metionina-R-sulfóxido redutase B1 e selenofosfato sintetase 2. Por esta razão e após alguns estudos de laboratório, a deficiência de selênio tem sido sugerida como afetando a defesa contra doenças infecciosas.

Em particular, a associação entre deficiência de selênio e resultados adversos à saúde em humanos foi originalmente proposta com a identificação da doença de Keshan (DK). Este distúrbio é caracterizado por uma cardiomiopatia grave e foi registrado pela primeira vez em 1935, quando foi encontrado principalmente em partes do país onde a característica comum era a baixa concentração de selênio em solos e alimentos produzidos localmente. No entanto, algumas características epidemiológicas da DK não podem ser explicadas apenas com base na deficiência de selênio. Em particular, as…



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