ABRAN – Associação Brasileira de Nutrologia
Um estudo realizou uma revisão sistemática e meta-análise para avaliar a eficácia das intervenções dietéticas para o tratamento da depressão e/ou ansiedade perinatal.
Intervenções dietéticas para depressão e ansiedade perinatal: uma revisão sistemática e meta-análise de ensaios clínicos randomizados
O tempo entre a concepção e 1 ano pós-parto é frequentemente referido como o período perinatal e pode ser uma fase de maior vulnerabilidade para o desenvolvimento de depressão e/ou ansiedade para mães e pais biológicos. Até 1 em cada 5 desses indivíduos experimentará depressão e/ou ansiedade perinatal durante esse período, com consequências negativas para eles, seus filhos e suas famílias. Apesar do amplo conhecimento dos efeitos adversos dessas dificuldades, apenas 1 em cada 10 recebe tratamento baseado em evidências.
Durante o período perinatal, uma ampla gama de intervenções tem sido utilizada na tentativa de tratar a depressão e/ou ansiedade (por exemplo, psicoterapia, medicamentos e intervenções dietéticas). A psicoterapia tem uma base de evidências substancial, mas pode ser de difícil acesso devido ao baixo número de terapeutas disponíveis, altos custos e falta de financiamento e cobertura de seguro. Os medicamentos psicotrópicos estão amplamente disponíveis, mas alguns têm preocupações quanto ao custo, exposição fetal e sua transmissão através do leite materno.
Intervenções dietéticas são percebidas como seguras por muitas pessoas grávidas e no pós-parto, e desequilíbrios nutricionais foram considerados como envolvidos no desenvolvimento e persistência de depressão e/ou ansiedade perinatal, tornando-os populares. Considerando a pouca disponibilidade de psicoterapia e a hesitação em tomar medicamentos, tem havido um interesse substancial em tratamentos considerados “naturais” (ou seja, intervenções dietéticas). Não apenas esses compostos são acessíveis, mas…