Reprodução Assistida é tema da última tertúlia acadêmica do ano


A Academia de Medicina de São Paulo realizou, na última quarta-feira, 14 de dezembro, a última edição de 2022 da sua Tertúlia Acadêmica, com a palestra “História da reprodução assistida”, ministrada por Renato Fraietta – que é professor adjunto do Departamento de Cirurgia da Escola Paulista de Medicina/Unifesp e presidente do Comitê de Reprodução Humana da Associação Paulista de Medicina.

Para o palestrante, a história tende a buscar respostas sobre os aspectos relacionados à vida baseada nas mitologias, na religião e na Ciência. No que diz respeito à reprodução assistida, nas mitologias, existem vários relatos de conquista de gravidez sem a contribuição masculina.

Já na religião, os relatos dão conta de indivíduos inférteis e infertilidades milagrosamente curadas por Deus, além de gravidezes extemporâneas. Por fim, na Ciência, existem evidências das mais diversas tentativas de promover a reprodução, tanto em humanos quanto em animais.

História da reprodução assistida

A história da reprodução assistida começa com “experimentos mais simples e sem preocupação ética e, passado o tempo, evoluiu para procedimentos mais complexos e baseados em legislação”, afirma o especialista. De acordo com ele, em 1332, surgiram os primeiros relatos sobre reprodução assistida. Naquele ano, foi registrada a primeira inseminação artificial, feita pelos árabes, utilizando equinos.

Somente em 1672, mais de três séculos depois, outras novidades surgiram no campo, com a descoberta do holandês Regnier de Graaf, que descreveu os folículos ovários – que hoje levam o nome de Folículo de Graaf. Já em 1677, o também holandês Anton van Leeuwenhoek desenvolveu o microscópio composto e, através da observação de seu próprio ejaculado, descobriu os espermatozoides.

No século XIX, outras descobertas significativas ocorreram, como em 1827, quando o russo Karl Ernst von Baer…



Leia Mais >