Estado atual do transplante no Brasil é debatido em webinar da APM


Especialistas reforçaram a necessidade de melhorias no sistema de transplantes brasileiro

Na última quarta-feira, 4 de setembro, a Associação Paulista de Medicina promoveu webinar sobre o tema “Estado atual do transplante no Brasil: doação e preservação de órgãos”, com especialistas discutindo os desafios e avanços do setor. O evento também destacou a importância do Setembro Verde, mês dedicado à conscientização sobre a doação de órgãos.

O presidente da APM, Antonio José Gonçalves, deu início ao encontro, ressaltando a relevância deste assunto para a saúde pública. Em seguida, os diretores Científicos da APM, Paulo Manuel Pêgo Fernandes e Marianne Yumi Nakai, apresentaram as palestrantes Luciana Haddad, presidente da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), e Ilka Boin, professora titular de Cirurgia da Unicamp.

Desafios e avanços

Luciana Haddad destacou o trabalho da ABTO na coleta e análise de dados sobre transplantes no Brasil, por meio do Registro Brasileiro de Transplantes. Segundo a especialista, o Brasil se destaca em números absolutos de transplantes de fígado e rim, mas quando são ajustados de acordo com a densidade populacional, a posição do País é menos expressiva.

Ela também enfatizou três pilares fundamentais para o avanço no acesso aos transplantes, que se dividem entre aumentar o número de doadores, melhorar o aproveitamento dos órgãos doados e garantir o acesso à lista de espera.

De acordo com dados da ABTO, houve um aumento no número de potenciais doadores a partir de 2020, com recorde de notificações em 2023, chegando a quase 70 notificações por milhão de habitantes. No entanto, Haddad ressaltou que a recusa familiar à doação ainda é alta, cerca de 43%.

Outro ponto abordado pela especialista foi a…



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