Na última terça-feira, 19 de novembro, a Associação Paulista de Medicina realizou a live “Influência do Clima sobre a Saúde”. A apresentação, transmitida pelo canal oficial da APM no YouTube, teve como objetivo relatar os principais impactos que as mudanças climáticas trazem para a Saúde da população e de que forma os governantes estão atuando para propiciar qualidade de vida, mesmo diante de um cenário repleto de condições adversas.
O diretor adjunto de Defesa Profissional da APM, Marun David Cury, foi o moderador da sessão, recebendo Clóvis Francisco Constantino, diretor de Previdência e Mutualismo da entidade, e Paulo Manuel Pêgo Fernandes, diretor Científico, como debatedores. Os palestrantes foram Paulo Hilário Nascimento Saldiva, patologista, e André Previato, coordenador da Secretaria Executiva de Mudanças Climáticas (Seclima).
Saldiva relembrou que os seres humanos têm mecanismos de adaptação à temperatura, de modo que as informações que chegam ao sistema nervoso central e ao lobo frontal permitem diferenciar o que é frio e calor. “Com isso, conseguimos manter a temperatura dentro de uma faixa em que o corpo fica ao redor de 36 graus. Fisiologicamente, o nosso desafio foi nos adaptarmos ao frio.”
O médico apresentou a amplitude térmica de diferentes cidades, que estão mais adaptadas para lidar com os climas frios – como é o caso de Toronto, Estocolmo e Nova York – e indicou que, mesmo em cidades de um mesmo país, é possível haver variações muito específicas.
“Em São Paulo, a temperatura fica ao redor de 22º. Com essa temperatura, temos pessoas morrendo de frio em Teresina, ao passo que Teresina suporta, quase que sem efeito, temperaturas que vão além dos 32º, em que se tem muita gente em São Paulo morrendo de calor. Esse fenômeno indica que entre cidades do mesmo país existem diferentes…