Medicina Nuclear: quatro perguntas e respostas sobre a especialidade

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(Foto: rawpixel/Freepik)

A Medicina Nuclear é uma especialidade que gera muitas dúvidas no público em geral. A falta de conhecimento sobre como é utilizada, qual a ação efetiva e suas particularidades favorece a disseminação de informações incorretas. Desta forma, surgem mitos e diversas suposições que não condizem com a realidade. Para esclarecer algumas dessas questões, a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) elencou quatro dúvidas sobre a especialidade para serem esclarecidas:

Como o material radioativo é utilizado na medicina nuclear?

Essa, talvez, seja a pergunta mais presente no dia a dia do público. A medicina nuclear utiliza substâncias radioativas introduzidas no paciente, de maneira não invasiva e quase indolor, para diagnosticar doenças e alterações das funções do organismo e atuar no tratamento de doenças, particularmente no tratamento de tumores radiossensíveis.

As substâncias radioativas (radiotraçadores e radiofármacos) são utilizadas para realizar um mapeamento dos órgãos. Assim, podem ser usadas para duas finalidades: diagnosticar patologias e disfunções do organismo e atuar na terapia de doenças.

A radioatividade da Medicina Nuclear tem a ver com os acidentes nucleares de Chernobyl e Fukushima?

Não! Chernobyl e Fukushima são considerados acidentes nucleares, uma vez que houve a liberação de enormes quantidades de radiação, de forma descontrolada e nociva para a população, o que é bem diferente da radioatividade da Medicina Nuclear, que é segura, controlada, utilizada em quantidades mínimas.

Na medicina nuclear, são usadas doses extremamente baixas de radiofármacos, por isso eles são seguros e muito raramente provocam algum efeito adverso. A título de conhecimento, os efeitos adversos são menos frequentes que os relacionados a medicamentos de uso comum, como analgésicos e antibióticos.

Os radiofármacos não podem ser utilizados com outros medicamentos?

Trata-se de um mito que precisa ser desfeito. Na verdade, conforme o tratamento, os radiofármacos são usados, muitas vezes, de forma concomitante com outros tratamentos (terapia alvo).

A Medicina Nuclear é segura para crianças?

Por serem pouco invasivos e capazes de detectar com precisão as alterações funcionais decorrentes de doenças, os procedimentos da medicina nuclear são extremamente úteis para as crianças.

Um dos exames utilizados com mais frequência em crianças é a cintilografia, solicitada como ferramenta diagnóstica para estudo do sistema urinário, gastrointestinal e musculoesquelético. É usada tanto em doenças benignas como em certos tipos de câncer.

O cálculo das doses para as crianças leva em consideração o seu peso corporal, portanto, a radiação recebida é muito baixa, e, na maioria das vezes, é menor que a de outros procedimentos radiológicos, como a tomografia computadorizada (CT).

*Informações Assessoria de Imprensa