Ultramaratonistas na 3ª idade: elas deram a largada pelos sonhos
Entrar na terceira idade está longe de ser sinônimo de fragilidade. Com determinação, muitas mulheres colocam os tênis e dão a largada nos seus sonhos justamente nessa fase. Mas nem sempre foi assim. A participação feminina em provas era proibida, sendo liberada apenas em 1967, depois que a tradicional Maratona de Boston teve uma das primeiras corredoras participando, de forma escondida.
Se a inserção das mulheres no esporte foi tão demorada e conturbada, a normalização de competidoras acima dos 60 anos ainda caminha com obstáculos. Muitos temem pela saúde das esportistas nessa faixa etária, mas será que a preocupação é válida?
“Fazer um exercício de impacto na terceira idade – que nem uma academia, uma corrida, um crossfit – é muito importante, porque ele incita o estresse no osso, estimulando-o a continuar forte”, explica Tamires Ribeiro, membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte.
Conversamos com três mulheres que desafiam estereótipos e se jogam nas maratonas e ultramaratonas. Inspire-se nas histórias para, quem sabe, acelerar suas próprias aspirações.
“A prática só me trouxe benefícios. Pego meu tênis e saio: Esqueço o mundo. Naquele momento, sou única, não tenho obstáculo e não tenho dificuldade”
“A corrida entrou na minha vida aos meus 60 anos, quando o Colégio Sagrada Família, em Arapiraca, promoveu uma prova. Até aí, eu não fazia nem caminhada. Vi aquela multidão, o movimento me chamou a atenção, aí eu disse: ‘Vou atrás’. Só que dava um trotezinho e cansava. Mesmo assim, me identifiquei. O pessoal se preocupava porque eu era idosa e hipertensa, só que…