Reportagem: https://gauchazh.clicrbs.com.br/comportamento/noticia/2023/10/o-que-e-preciso-fazer-antes-de-comecar-a-correr-na-terceira-idade-clnkdakye003j0152q0hj5o2t.html
O casal começou a correr para se preparar não para uma prova, mas para uma viagem. Ludovina Bisotto, 66 anos, corretora de imóveis, e Marcos Balreira de Souza, 63, técnico em informática, visitaram o Egito e fizeram uma trilha pelo Monte Sinai, onde assistiram a um inesquecível nascer do sol. Decidiram, depois disso, prosseguir com o esporte. Até hoje, passados 13 anos desde o início dos treinamentos, eles correm juntos.
Ludovina e Marcos gostam de aliar a atividade física a viagens. O próximo compromisso é a 1ª Maratona Sesc de Pelotas, no domingo (15), na qual estão inscritos para cumprir, respectivamente, 21 e 42 quilômetros, ou seja, meia maratona e maratona. Na quase totalidade das vezes, fazem os trajetos em parceria. Se as provas são de distâncias diferentes — exigindo, portanto, planejamento e execução distintos —, o primeiro a cruzar a linha de chegada espera pelo parceiro.
A saúde e o prazer são o que motiva ambos a seguirem com a prática.
— É uma liberdade. Não consigo me imaginar sem correr — conta Ludovina.
Na terceira idade, praticar corrida não se trata, simplesmente, de calçar os tênis e sair por aí, como incentivam muitos adeptos do esporte. Submeter-se a avaliações cardiovascular e ortopédica antes de começar é fundamental. Ludovina e Marcos, que se tornaram corredores bem antes dos 60 anos e já adentraram essa faixa etária com a prática bem estabelecida na rotina, passam por exames médicos periódicos para conferir se está tudo bem.
O primeiro passo, de acordo com o médico do esporte Gabriel Lopes Amorim, segundo diretor científico da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, é fazer um teste de esforço para verificar a saúde cardiológica e detectar eventuais sinais de alerta.
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