O protagonismo do médico do trabalho no acompanhamento de pacientes com espaticidade em decorrência de AVC foi tema da palestra do Dr. Alex Meira, professor da Universidade Federal da Paraíba, durante o Simpósio Allergan Abbvie, que ocorreu na tarde do dia 8 de novembro, segundo dia do 19º Congresso Nacional da ANAMT.
Ele explicou os principais sintomas da espaticidade e o quanto a condição afeta a qualidade de vida do paciente.
“As consequências da espaticidade são várias. Evoluiu para contraturas musculares persistentes, que podem se tornar dolorosas, provocam deformidades ósseas e podem gerar dependência de outras pessoas”, destacou Dr. Alex Meira.
A espaticidade caracteriza-se por um distúrbio motor e a constatação é feita por meio da observação dos movimentos passivos, tendo como resposta uma resistência a este movimento, caracterizado pelo aumento do tônus muscular – a hipertonia, com hiperatividade nos reflexos terminosos.
A condição é classificada em quatro grupos: a Monoparesia, quando acomete um membro; Hemiplegia, quando afeta todo um segmento corpóreo dos membros inferiores; Paraplegia, quando acomete os membros inferiores; Tetraplegia ou Quadroplegia, quando ocorrem nos quatro membros e Diplegia, afeta membros superiores.
O protagonismo do médico do trabalho começa com a identificação da espaticidade, na recomendação da reabilitação adequada e seu encaminhamento e, me alguns casos na readaptação desse paciente no trabalho, conforme explicou o palestrante.
De acordo com o professor, a longo prazo, se o paciente não for adequadamente tratado, levará a alterações musculares e ósseas permanentes.
Para ilustrar o quanto essa condição pode afetar a capacidade laboral, Dr. Alex Meira falou sobre uma entrevista realizada em diversos países com 280 pacientes, uma população jovem, que conviviam com espaticidade.
Do total, apenas 37% estavam empregados. Destes, 18% eram empregados em tempo integral; 9%…