Muitas mulheres têm o receio de ganhar peso durante a gravidez. O que é totalmente comum, já que existe o peso do feto, um aumento da reserva de gordura no corpo, que é utilizada em momentos de jejum, aumento de peso do útero e também das mamas, além da retenção de líquidos. Ganhar alguns quilos a mais faz parte do processo, o problema surge quando há um ganho excessivo de peso, que pode trazer malefícios à saúde da mãe e do bebê, ainda mais se estiverem associados a outras comorbidades.
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No primeiro mês de gestação, o ganho de peso é quase discreto, no segundo fica mais aparente e a partir do terceiro mês é quando a maior parte dos quilos começam a ser adquiridos. “Por meio do IMC – Índice de Massa Corporal, podemos ter uma noção se o peso que a mãe está ganhando, está dentro do esperado ou não. Para se ter uma ideia, quem está com o peso corporal adequado, deve ganhar entre 11 a 14 kg até o parto”, comentou a Dra. Ana Carolina Romanini, ginecologista especializada em saúde da mulher na Clínica Ginelife.
Quando o aumento dos quilos neste período passa a ser fora do recomendado, não só a saúde da mãe pode ficar comprometida como também a do feto. Quando este problema está associado a outras doenças, como diabetes e hipertensão, a preocupação fica ainda maior, porque a mulher corre o risco de desenvolver pré-eclâmpsia, que pode gerar convulsões e picos de pressão alta, podendo até mesmo levar à morte materna.
“O hipotálamo, que fica localizado no cérebro, atua na regulação de sede e apetite, além de ser um dos locais em que opera a progesterona, um dos principais hormônios femininos. Durante a gestação, a progesterona fica ainda mais abundante, sendo um dos fatores que estimula o ganho de peso. Por isso, é sempre importante o acompanhamento médico para manter e cuidar da saúde da mãe e do bebê”, explicou a ginecologista.
Alimentação durante a gravidez
Durante a gestação é comum que as mulheres tenham desejos alimentares incomuns e às vezes até diferente do paladar que era de costume. É muito importante ter um acompanhamento nutricional, pois muitas vezes ignorar esses desejos ou comê-los sem equilíbrio pode desencadear deficiências nutricionais e até doenças, prejudicando a mãe e o bebe.
“Numa dieta equilibrada, podemos liberar alimentos mais calóricos, gordurosos e adoçados desde que sejam consumidos moderadamente e na mesma refeição que alimentos saudáveis, que contenham proteínas, fibras e gordura boa, entregando nutricionalmente o que a grávida e o bebê precisam”, comentou Gaby Esteves, nutricionista na Clínica Ginelife.
Para evitar o excesso de peso durante a gravidez e preservar a sua própria saúde e a do feto, as mamães devem optar por uma alimentação rica em fibras e proteínas, que ajudam na digestão e também a deixam saciada por um período maior. Evitando consumir alimentos industrializados e doces, que prejudicam a saúde até mesmo em pequenas quantidades.
O exercício físico deve ser praticado durante a gravidez: caminhada, natação, ioga e musculação são algumas atividades leves indicadas, exceto em casos que haja proibição médica. Caso sinta náusea, fadiga e qualquer outro sintoma durante o exercício físico, pare o exercício e comunique o seu médico. Alguns desconfortos podem ser amenizados com uma alimentação correta antes dos treinos, que deve sempre ter orientação de um educador físico.
“Os suplementos alimentares também podem ajudar alguns sintomas ruins da gestação, mas devem ser utilizados com orientação e segurança, portanto o acompanhamento nutricional nesta fase importante da vida da mulher é bastante indicado”, finalizou a nutricionista.
*Informações Assessoria de Imprensa