Endometriose: silenciosa para até 25% das mulheres afetadas, doença inflamatória pode levar à infertilidade

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(Foto: stefamerpik/Freepik)

A endometriose, uma das principais causas de infertilidade feminina, afeta aproximadamente uma em cada dez mulheres tanto no Brasil quanto no mundo. Trata-se de uma condição ginecológica inflamatória benigna caracterizada pela presença de tecido endometrial fora do útero. A doença está associada a uma variedade de sintomas, incluindo dor menstrual, dor durante a relação sexual, e queixas cíclicas intestinais e urinárias. Se não for tratado, o problema pode levar a dor pélvica crônica e, eventualmente, à infertilidade.

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No grupo das mulheres que estão tentando engravidar, a decisão quanto ao melhor tratamento reprodutivo depende de vários fatores e cada caso é individualizado, pois considera cada paciente com suas características únicas: idade, reserva ovariana, grau da endometriose, gravidade de sintomas e histórico de saúde. “Todos esses fatores devem ser levados em consideração, e é importante que a mulher saiba que mudanças de estilo de vida e dieta, aliadas a alguns suplementos, podem apresentar melhoras em sua condição de saúde”, esclarece ginecologista Ester Silbiger Zagury, especialista em medicina reprodutiva da clínica de reprodução humana Origen BH.

De acordo com a ginecologista, entre pacientes inférteis, a prevalência de endometriose é ainda mais alta, afetando 1 em cada 2 mulheres.  “Se temos focos ativos de tecido endometrial fora do útero, eles estão sujeitos às variações hormonais durante o ciclo da mulher e na menstruação poderá haver sangramento nesses focos, formando aderências, fibrose, distorção da anatomia da pelve feminina e alteração do funcionamento desses órgãos”, diz Ester.

Ela ressalta que, embora a endometriose apresente uma ampla gama de sintomas, até 25% das mulheres afetadas podem não apresentar sinais evidentes da doença. “Muitas vezes, essas mulheres acreditam que seus sintomas são ‘normais’, pois suas queixas frequentemente não são levadas a sério em casa, no trabalho ou até mesmo por diversos profissionais de saúde”, comenta.

Segundo a especialista, nos casos de endometriose, o tempo de descoberta do problema e acesso ao tratamento são fundamentais para o sucesso nas tentativas de gravidez. Para mulheres diagnosticadas com endometriose que desejam ser mães, é crucial buscar informações qualificadas, conforme alerta a médica: “Muitos profissionais abordam a endometriose apenas do ponto de vista hormonal, da dor ou por meio de cirurgia. No entanto, a possibilidade de redução da reserva ovariana devido à cirurgia é real. Assim, quando há indicação para a remoção de endometriomas ovarianos, é essencial considerar o congelamento de óvulos antes do procedimento, especialmente se ambos os ovários estiverem comprometidos pela endometriose” explica Ester.

É importante destacar que as mulheres nascem com uma quantidade fixa de óvulos, e essa reserva naturalmente diminui com o tempo, independentemente do uso de contraceptivos hormonais ou da gravidez. Até o momento, não há métodos capazes de desacelerar o relógio biológico relacionado à reserva ovariana. Assim para mulheres já diagnosticadas, sem filhos e que querem ser mães, a médica alerta para a importância da busca por informações qualificadas.

*Informações Assessoria de Imprensa

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