Diabéticos precisam manter o controle glicêmico em dia

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(Foto: xb100/Freepik)

O Brasil é o 5º país em incidência de diabetes no mundo, com 16,8 milhões de doentes adultos (20 a 79 anos), perdendo apenas para China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. A estimativa da incidência da doença em 2030 chega a 21,5 milhões. Esses dados estão no Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF).

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Segundo o Atlas, a crescente urbanização e a mudança de hábitos de vida, por exemplo, maior ingestão de calorias, aumento do consumo de alimentos processados, estilos de vida sedentários, são fatores que contribuem para o aumento da prevalência de diabetes tipo 2 em nível social. Enquanto a prevalência global de diabetes nas áreas urbanas é de 10,8%, nas áreas rurais é menor, de 7,2%. No entanto, essa lacuna está diminuindo, com a prevalência rural aumentando.

Andressa Bornschein, médica endocrinologista e metabolista do Pilar Hospital, em Curitiba (PR), explica que o Diabetes Mellitus (DM) é uma síndrome do metabolismo, de origem múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos. “A insulina é o hormônio produzido pelo pâncreas responsável pela manutenção do metabolismo da glicose. Sua falta provoca déficit na metabolização da glicose e, consequentemente, diabetes. Caracteriza-se por altas taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia) de forma permanente”, comenta.

Segundo a especialista, uma dieta alimentar equilibrada é fundamental para o controle do diabetes. “Além disso, a orientação de um nutricionista e o acompanhamento de psicólogos e psiquiatras podem ajudar muito a reduzir o peso e, como consequência, cria a possibilidade de usar doses menores de remédios. A atividade física é de extrema importância para reduzir o nível da glicose nos dois tipos de diabetes”, destaca a médica.

Andressa explica que existem alguns tipos de diabetes e o tratamento é feito de acordo com a capacidade do pâncreas de produzir insulina. “O DM tipo 1 exige o uso de insulina por via injetável para suprir o organismo desse hormônio que deixou de ser produzido pelo pâncreas. A suspensão da medicação pode provocar a cetoacidose diabética, distúrbio metabólico que pode colocar a vida em risco”, explica. Conforme a médica, o DM tipo 2 não depende da aplicação de insulina e pode ser controlado por medicamentos ministrados por via oral. “É importante a conscientização para o acompanhamento diário da doença, já que o diabetes descompensado pode levar ao coma hiperosmolar, uma complicação grave que pode ser fatal”, completa.

*Informações Assessoria de Imprensa