A Glic, plataforma de saúde digital para o tratamento da diabetes, que conta atualmente com 250 mil usuários, fez um levantamento com os usuários do aplicativo e verificou as 10 principais dúvidas de pessoas com diabetes e que precisam adotar hábitos saudáveis para garantir qualidade de vida. São questionamentos desde como realizar as medições de glicemia até como utilizar as informações coletadas para fazer ajustes na alimentação e na medicação.
Confira as 10 principais dúvidas de pessoas com diabetes:
1. O que fazer em casa em casos de hiperglicemia?
A hiperglicemia é uma condição em que o nível de açúcar no sangue está elevado e os principais sintomas são: sede excessiva, micção frequente, visão embaçada, fadiga e náusea. Quando a pessoa que tem diabetes suspeitar de hiperglicemia em casa o ideal é realizar a medição da glicemia, caso conste que ela está elevada, as orientações são: beber bastante água, pois isso ajuda a eliminar o excesso de açúcar do sangue pela urina e evita a desidratação. É importante também verificar se a medicação prescrita pelo médico foi devidamente administrada. Caso os sintomas se agravem, como confusão ou desmaio, procure atendimento médico imediatamente. Não deixe de conversar com sua equipe de saúde.
2. Alimentação para quem tem diabetes
Para pessoas com diabetes, é importante seguir uma dieta equilibrada e saudável para ajudar no bom manejo dos níveis de açúcar no sangue. Lembre-se de que, além de uma alimentação saudável, a prática regular de exercícios físicos e a medicação prescrita pelo seu médico são importantes para manter a glicemia de acordo com seu objetivo glicêmico.
Confira lista de alimentos recomendados:
– Os vegetais são ótimas fontes de nutrientes e fibras, além de serem baixos em carboidratos e açúcares.
– As frutas contêm açúcares naturais, então é importante obter orientações sobre o consumo para evitar picos de açúcar no sangue. As melhores opções são as com baixo índice glicêmico, como maçãs, peras e frutas cítricas.
– Grãos integrais são ricos em fibras e nutrientes e podem ajudar no bom manejo dos seus níveis de açúcar no sangue. Inclua grãos integrais em sua dieta, como aveia, arroz integral, quinoa e pão integral.
– As proteínas magras são importantes para manter a massa muscular e ajudar os níveis de açúcar no sangue. Inclua em sua rotina fontes de proteína magra, como frango, peixe, carne magra, tofu e legumes.
– As gorduras saudáveis, como as encontradas em nozes, sementes, abacate e azeite de oliva, podem ajudar nos níveis de açúcar no sangue e reduzir o risco de doenças cardíacas.
É importante limitar o consumo de alimentos processados e açucarados, pois eles podem causar picos de açúcar no sangue e dificultar no manejo da glicemia. É sempre bom também consultar um nutricionista e um endocrinologista para obter uma dieta personalizada para quem convive com a diabetes.
3. Como medir os valores de glicemia?
Para medir a glicemia é necessário um glicosímetro, dispositivo portátil que mede a quantidade de glicose no sangue. Para realizar a medição, é preciso uma pequena amostra de sangue, que pode ser obtida da ponta do dedo. O sangue é colocado em uma tira reagente que é inserida no dispositivo para a leitura mostrando o resultado na tela.
É importante seguir algumas orientações para garantir a precisão da medição, como lavar as mãos antes de realizar o teste ou realizar a antissepsia com álcool a 70%. Ao respeitar o tempo de secagem do antisséptico, não há risco de interferência do álcool na leitura da glicemia capilar. Também é importante calibrar o glicosímetro periodicamente e verificar se as tiras reagentes estão dentro do prazo de validade.
É recomendado que pessoas com diabetes meçam a glicemia regularmente para monitorar os níveis de açúcar no sangue e conversar com a sua equipe de saúde sobre realizar ajustes na alimentação e medicação, se necessário.
4. O que fazer em casa em casos de hipoglicemia?
A hipoglicemia ocorre quando os níveis de açúcar no sangue ficam muito baixos, geralmente se a glicemia capilar for inferior a 70 mg/dL. Os principais sintomas são: tremores, sudorese excessiva, fome intensa, tontura, visão turva, confusão mental, fala arrastada, sensação de formigamento na boca e nos lábios e fraqueza. Caso a pessoa com diabetes enfrente episódio de hipoglicemia a recomendação é: consumir 15 gramas de carboidratos simples para aumentar o açúcar no sangue e verificar a glicemia novamente após 15 minutos. Caso ainda esteja abaixo de 70mg/dL, é necessário repetir o procedimento.
Os carboidratos simples são digeridos mais rapidamente, por isso é o mais recomendado.
Alimentos que contêm 15 gramas de carboidrato:
(1/2 xícara) de suco ou refrigerante normal (não diet)
1 colher de sopa de açúcar, mel ou xarope de milho
Balas de goma ou balas; veja o rótulo dos alimentos para saber quantos consumir.
Caso o valor de glicemia fique abaixo de 54mg/dl é preciso dobrar o valor de carboidrato de 15 para 30. Caso os sintomas se agravem, como confusão ou desmaio, procure atendimento médico imediatamente. Não deixe de conversar com sua equipe de saúde.
5. Como armazenar a insulina?
É muito importante armazenar a insulina adequadamente para garantir sua eficácia e segurança. A insulina fechada deve ser armazenada na geladeira, a uma temperatura entre 2°C e 8°C em uma gaveta ao abrigo da luz. Já as insulinas em uso, podem ser mantidas na geladeira (entre 2 e 8° C), ou em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), em local fresco, sem exposição direta ao sol e livre de oscilações bruscas de temperatura. Não deixe sua insulina congelar, por isso, tome cuidado para que ela não encoste no fundo da geladeira. Uma vez congelada, ela perde sua função. Também é importante observar sempre o prazo de validade indicado na embalagem.
6. Dúvidas sobre resultados de exames
É importante sempre consultar um médico endocrinologista para interpretar os resultados dos exames. O especialista poderá fazer uma análise ampla sobre a condição de saúde do paciente e, inclusive, comparar a evolução clínica com exames anteriores. Porém, os usuários da Glic podem contar com o auxílio das educadoras em saúde da plataforma e obter dicas e orientações sobre o manejo da diabetes, via app Glic e atendimento no WhatsApp, ambos gratuitos.
7. Diabetes e gravidez
A diabetes pode afetar a gravidez e a gravidez pode afetar o manejo da glicemia.
A diabetes gestacional ocorre durante a gravidez e pode afetar a saúde da mãe e do bebê, aumentando o risco de parto prematuro, hipertensão arterial, pré-eclâmpsia, entre outras complicações. As mulheres grávidas com diabetes precisam monitorar os níveis de açúcar no sangue com mais frequência e ajustar a dose de insulina ou outros medicamentos conforme necessários.
Por isso, é muito importante ter o acompanhamento das consultas de pré-natal e realizar os exames solicitados.
8. Como o exercício físico pode ajudar no manejo da glicemia?
A prática de exercício físico é parte importante no tratamento da diabetes, pois ajuda no manejo dos níveis de açúcar no sangue e a ampliar a saúde geral do corpo, melhorando a sensibilidade ao tornar as células mais receptivas à insulina.
A atividade física também aumenta a capacidade aeróbica, o que faz com que melhore a performance cardíaca e pulmonar para o transporte de oxigênio e nutrientes pelo corpo, auxiliando na saúde cardiovascular e reduzindo risco de complicações relacionadas à diabetes. O cuidado com o peso também é importante para pessoas com diabetes, pois pode trazer risco de complicações.
Mas é obrigatório sempre consultar sua equipe de saúde antes de iniciar um programa de exercícios e monitorar os níveis de açúcar, durante e após o exercício, além de sempre escolher atividades físicas que sejam seguras e apropriadas para a sua aptidão física e condição médica.
9. Qual é a função da insulina na regulação da glicemia?
A insulina é um hormônio produzido pelas células beta do pâncreas e sua principal função é regular os níveis de glicose no sangue (glicemia). Quando esses níveis de glicose no sangue aumentam, as células beta do pâncreas secretam insulina na corrente sanguínea, que se liga a receptores nas células permitindo a entrada de glicose para o fornecimento de energia. Além disso, a insulina também leva glicose para células do fígado, músculos e tecido adiposo, permitindo que a glicose entre nessas células e seja armazenada na forma de glicogênio.
Dessa forma, a insulina ajuda a reduzir os níveis de glicose no sangue, mantendo-os dentro de um nível e intervalo saudáveis.
10. Diabetes e sono
A diabetes pode afetar a qualidade do sono e um dos principais pontos de atenção é a hipoglicemia noturna, ou seja, uma queda nos níveis de açúcar no sangue durante a noite. Os principais sintomas são: suor noturno, tremores, confusão e outros sintomas que podem perturbar o sono. É importante monitorar os níveis de açúcar no sangue antes de dormir e tomar medidas para prevenir a hipoglicemia noturna.
* Informações assessoria de imprensa