A Cardiologia no Mundo Real: novos desafios

cardiologia no mundo real
(Foto: Reprodução / SPC)

O último Congresso Paranaense de Cardiologia, promovido pela Sociedade Paranaense de Cardiologia (SPC) na primeira semana de maio, focou a chamada “cardiologia no mundo real”. As inúmeras transformações da sociedade e as novidades na tecnologia em saúde também impactam a cardiologia.

Em entrevista ao Saúde Debate, o presidente da SPC, Olímpio R. França Neto, destacou a escolha do tema do congresso em 2023 surgiu a partir de pesquisas sobre o que há de mais avançado na área e da reflexão de como isso se aplica na cardiologia no mundo real. Essa combinação levou aos profissionais participantes do congresso várias realidades diferentes para inspiração.

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De acordo com França Neto, os médicos cardiologistas devem estar atentos diretamente para as mudanças comportamentais da sociedade como um todo e que podem gerar problemas de saúde. Ele cita como grande exemplo de desafio da cardiologia no mundo real a nova rotina adotada por parte da população durante a pandemia.

“Vivemos uma pandemia que gerou uma grande onda de doenças crônicas e entre as principais está a cardiovascular. Vamos encarar uma epidemia de doenças cardiológicas em função de comportamentos prejudiciais, como o sedentarismo. Muitas pessoas passaram a não se cuidar nesse período ou adotaram hábitos muito prejudiciais. Agora, precisamos trabalhar para implementar essas mudanças de comportamento, fazendo com que as pessoas modifiquem essa rotina e isso ter impacto na prevenção das doenças”, afirmou.

Paralelamente, há muitas ferramentas tecnológicas que podem trazer benefícios nesta jornada desafiadora para a população em geral, os pacientes e os próprios profissionais, com auxílio da chamada saúde digital, o que reforça ainda mais a cardiologia no mundo real. “Existem aplicativo hoje em dia que nos ajudam no controle da hipertensão, a lembrar o paciente para tomar o medicamento, a contar passos e até número de episódios relacionados à área cardiovascular. Os dados gerados pelos aplicativos ajudam na tomada de decisão por parte do médico”, comentou.